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Implante coclear de luz restaura audição em cobaias

Um novo implante coclear ótico, baseado em luzes de LED, permitiu restaurar parcialmente a sensação de audição em cobaias antes totalmente surdas.

Implante coclear de luz restaura audição em cobaias

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GUIA PRÁTICO DO IDOSO

Implantes cocleares são dispositivos que podem restaurar parcialmente a audição em pacientes com perda auditiva, um problema que afeta aproximadamente cinco por cento das pessoas em todo o mundo.

A estimulação auditiva baseada em luz permite a emissão de sinais mais precisos e localizados para os nervos auditivos, em comparação com os implantes atuais baseados em eletricidade, que geralmente sofrem com a baixa qualidade do som.

A tecnologia também oferece algumas melhorias em relação aos implantes óticos experimentais anteriores, indicando um caminho para aumentar a viabilidade clínica dos implantes cocleares no tratamento da deficiência auditiva.

A maioria dos implantes cocleares reproduz o som através do uso de elétrodos metálicos que transmitem eletricidade, mas a estimulação elétrica resultante não é muito específica e tende a espalhar-se por uma grande área de nervos, levando a sons menos específicos e a uma audição de baixa qualidade.

Por isso, o investigador Daniel Keppeler e os seus colegas da Universidade Centro Médico de Gottingen, na Alemanha, resolveram apostar na luz, criando implantes cocleares óticos, o que permitiu estimular neurónios sensíveis ao som após modificar geneticamente esses neurónios para que se tornassem sensíveis à luz.

Ao contrário de outros implantes, o dispositivo sem fio usa vários canais de estimulação, com recurso a LED azuis para ativar os neurónios modificados dentro da cóclea. Outro benefício é que os LED gastam menos bateria do que os implantes elétricos atuais.

Os testes confirmaram que o aparelho gera sinais mais seletivos do que os modelos anteriores quando implantado em ratos e gerbos ensurdecidos: os animais navegaram com sucesso em testes comportamentais baseados em som ao longo de várias semanas.

A equipa ressalta que ainda é necessário bastante trabalho para lidar com o grande tamanho e a ampla difusão de luz do dispositivo, antes que este possa ser testado em estudos clínicos em humanos.


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