CÉLULAS ESTAMINAIS

Covid-19: células do sangue do cordão umbilical reduzem inflamação

Resultados preliminares, recentemente publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, indicam que as células T reguladoras obtidas a partir de sangue do cordão umbilical podem ser úteis no tratamento de doentes com COVID-19 em estado crítico.

Covid-19: células do sangue do cordão umbilical reduzem inflamação

SOCIEDADE E SAÚDE

PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA 2006

Apesar das várias abordagens terapêuticas utilizadas, ambos os doentes, de 69 e 47 anos de idade, desenvolveram Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (ARDS), tendo ficado em estado crítico. Sob autorização especial da Food and Drug Administration (FDA), ambos receberam até três doses de células T reguladoras – um tipo de células do sistema imunitário – obtidas a partir de sangue do cordão umbilical e previamente criopreservadas.

Nas primeiras 48 horas verificou-se uma melhoria do estado de saúde dos doentes, com a diminuição de marcadores inflamatórios e de citocinas implicadas na lesão pulmonar.

Os autores afirmam que, apesar de reconhecerem que os doentes receberam múltiplas intervenções terapêuticas que podem ter contribuído para a sua recuperação, a relação temporal entre a administração de células T reguladoras e a recuperação dos doentes não pode ser ignorada.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “embora preliminares, os resultados da utilização de células T reguladoras no tratamento de doentes com ARDS decorrente de COVID-19 são promissores e os autores esperam agora testar esta terapia inovadora no âmbito do ensaio clínico multicêntrico e controlado com placebo que está previsto começar até setembro deste ano”.
 
Nos últimos meses, começaram a surgir evidências de que um pequeno conjunto de medicamentos já existentes pode ter efeito na redução da mortalidade em doentes com COVID-19. Para além de medicamentos, outras abordagens de tratamento, baseadas na administração de células, estão a ser testadas para o tratamento destes doentes.

A administração de células estaminais mesenquimais tem vindo a alcançar resultados promissores no tratamento da ARDS, mas outras terapias celulares avançadas estão também a ser avaliadas.

Fonte: Crioestaminal

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