CIRURGIA

CHUSJ realiza cirurgia de cardiologia com técnica inovadora

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) no Porto anunciou que, pela “primeira vez em Portugal”, utilizou uma técnica de intervenção cardíaca que representa “um enorme avanço na abordagem da doença cerebrovascular”.

CHUSJ realiza cirurgia de cardiologia com técnica inovadora

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Trata-se, segundo o responsável do Centro de Referência em Cardiologia de Intervenção Estrutural do CHUSJ, de “uma técnica revolucionária para encerramento de ‘foramen ovale patente’ com pontos de sutura por cateterismo cardíaco, sem necessidade de cirurgia cardíaca”.
 
De acordo com o clínico, o “foramen ovale patente” é um orifício existente entre duas das cavidades do coração (as aurículas), que ocorre em 25 por cento da população.
 
Habitualmente, esclarece João Carlos Silva, é uma situação sem qualquer impacto na saúde, mas pode facilitar a ocorrência de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e Acidentes Isquémicos Transitórios (AIT), uma vez que é uma potencial passagem de pequenos coágulos sanguíneos diretamente para a circulação arterial.
 
“Em termos concretos, esta técnica representa uma forma inovadora de se encerrar uma comunicação intracardíaca auricular, sem deixar vestígios”, sublinha o cardiologista à Lusa.
 
O primeiro passo deste procedimento consiste em introduzir um cateter através da veia femoral, alcançando o coração e, mais especificamente, o “foramen ovale patente”.
 
“Uma vez lá, este cateter que incorpora uma agulha vai libertar um fio e dar um ponto numa das extremidades do defeito. Um segundo cateter é então colocado, fazendo-se o mesmo processo na outra membrana do defeito. Finalmente, os dois fios são unidos e as extremidades do defeito aproximadas, encerrando-se assim o túnel entre as duas aurículas”, explicou João Carlos Silva.
 
“Esta nova técnica para além de evitar essas eventuais complicações tem a vantagem de ser realizada com o doente acordado apenas com anestesia local e sem recorrer à realização de ecocardiograma transesofágico durante o procedimento”, acrescenta.

Fonte: Lusa

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