Os resultados são do primeiro grande estudo a analisar se a disponibilidade de alimentos pode direcionar as pessoas para uma melhor tomada de decisões, tanto para a saúde quanto para a preservação do planeta.

Cientistas dos departamentos de Zoologia, Geografia e Saúde Pública da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, reuniram mais de um ano de dados de vendas nas refeições de três restaurantes universitários de Cambridge.

Dois forneceram dados em dias com diferentes configurações de menu e uma terceira faculdade ajudou os cientistas a conduzir um teste de “arquitetura de escolha”.

A equipa encontrou os maiores aumentos de consumo no jantar à base de plantas entre os quartis de clientes mais carnívoros: aqueles que escolheram consistentemente carne ou peixe antes da adição de uma segunda opção vegetariana.

Além disso, a equipa não detetou “efeito ricochete”. Optar por um almoço vegetariano não tornou mais provável um jantar compensador, com muita carne.
Os resultados foram publicados na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências.

Dietas contendo carne são os principais causadores da perda de espécies e das mudanças climáticas, dizem os cientistas.

A criação de gado e a aquacultura são responsáveis por cerca de 58 por cento dos gases de efeito estufa provenientes da produção de alimentos em todo o mundo e ocupam 83 por cento das terras agrícolas, apesar de contribuírem com apenas 18 por cento da ingestão calórica do mundo.