SEXUALIDADE

Especialistas preocupados com aumento das infeções sexuais

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) continuam a ser um importante e preocupante problema de Saúde Pública, quer pela capacidade de facilitar a transmissão do VIH, quer pelas implicações que podem ter na saúde materno-fetal e na saúde geral do indivíduo.

Especialistas preocupados com aumento das infeções sexuais

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“Sabemos hoje que as IST têm aumentado anualmente em Portugal, e é importante que os especialistas tenham acesso a informação atual sobre a abordagem, tratamento e investigação desta patologia”, afirmam os responsáveis pelas consultas de DST dos serviços de Dermatologia e Venereologia do país (e que constituem o Grupo Especializado para o Estudo das Doenças Sexualmente Transmissíveis).

Elas são causa de doença inflamatória pélvica, infertilidade, aborto, parto prematuro e malformações graves do feto. Associam-se a risco aumentado de morbilidade e mortalidade, por cancro do colo do útero, da vulva, oral, do ânus e, mais raramente, do pénis.

Na última década, verificou-se um aumento de IST, nomeadamente de sífilis, gonorreia, linfogranuloma venéreo por Chlamydia trachomatis serotipos L1-L3 e hepatite A e C, particularmente em homens que têm sexo com homens (HSH).

Em Portugal, as mais frequentes são a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), infeção por Chlamydia, sífilis - que há 19 anos regista um aumento do número casos por toda a Europa, sobretudo em homens que têm sexo com homens e em doentes seropositivos, - gonorreia e herpes genital que continua a ser a principal causa de úlceras genitais em países desenvolvidos.

O linfogranuloma venéreo por Chlamydia trachomatis tem vindo também a aumentar na Europa, desde 2003, tendo sido identificadas 48 estirpes, 90 por cento do tipo L2 em Portugal.

“É fundamental que os clínicos tenham consciência desta realidade para adotarem medidas de saúde mais eficazes, nomeadamente, rastreios de contactantes, vacinação terapêutica ajustada às recomendações da DGS e dos Centros Europeus de Controlo de Doenças, com o objetivo de minimizar o risco de falência terapêutica e seleção de estirpes resistentes, particularmente em relação à infeção pela Neisseria gonorrhoeae”, afirma a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia.

Fonte: press release

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