AR aprova projetos visando mais investimento nos cuidados paliativos
O Parlamento aprovou, na generalidade, dois projetos de resolução apresentados por PSD e PAN que recomendam ao Governo um maior investimento na área dos cuidados paliativos, mais camas e um reforço das equipas comunitárias.
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O projeto de resolução do PAN foi aprovado com a abstenção do PS e votos favoráveis das restantes bancadas, e o documento do PSD mereceu a abstenção de PS, BE, PCP e PEV.
Já o documento apresentado pelos sociais-democratas pede ao Governo que assegure até ao próximo ano o funcionamento “de, pelo menos, mil camas de cuidados paliativos”, e de “100 equipas comunitárias de suporte”.
O PSD preconiza também um aumento dos “recursos humanos na área dos cuidados paliativos, em especial no que se refere a médicos e enfermeiros”, e uma maior formação nesta área, “no sentido de melhorar as práticas clínicas, humanizando a assistência aos doentes e assegurando-lhes a melhor qualidade de vida possível”.
O projeto de resolução apresentado pelo PAN recomenda ao Governo um reforço dos recursos humanos e maior “formação de todos os profissionais de saúde em cuidados paliativos, nomeadamente na formação pré-graduada, considerando esta como uma componente essencial da formação básica destes profissionais”.
O deputado André Silva quer também que haja uma aposta “na criação de serviços de cuidados paliativos pediátricos com forte apoio domiciliário”, e um “reforço das equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, assegurando a prestação destes no domicílio, por forma a atingir o rácio de uma equipa por 100 mil habitantes”.
PAN e PSD pedem ainda uma avaliação do funcionamento das Unidades de Cuidados Paliativos e das equipas intra-hospitalares e um reforço dos gabinetes de apoio no luto e apoio psicológico.
Ambos os documentos pedem também a aprovação do estatuto do cuidador informal.
Na área, foi ainda aprovada por unanimidade uma resolução do CDS-PP que recomenda ao Governo que promova uma campanha informativa de divulgação e incentivo ao registo do Testamento Vital, nos principais meios de comunicação social e em todos os serviços públicos com locais de atendimento, incluindo autarquias.