Essas notícias tiveram com base um estudo, publicado na revista Neurology, que analisou as dietas e os cérebros de 4 447 holandeses.

Os resultados mostraram que aqueles com "qualidade de dieta mais alta" tinham mais volume cerebral, ou, em termos mais simples, cérebros maiores, algo que pode ser importante para a saúde a longo prazo, já que o encolhimento do cérebro pode estar ligado a problemas de memória e cognição.

Mas a chamada dieta holandesa não é, de todo, uma maneira nova e moderna de comer, disseram os nutricionistas Andy Bellatti e Bonnie Taub-Dix num artigo publicado no portal Insider. Na verdade, esta dieta é baseada em conselhos nutricionais relativamente bem difundidos.

No estudo, nenhuma dieta foi prescrita ou atribuída aos participantes. Em vez disso, os investigadores analisaram a qualidade dos seus hábitos alimentares existentes pela forma como aderiram às diretrizes alimentares holandesas, publicadas pelo Conselho de Saúde da Holanda em 2015.

"As pessoas chamam-lhe a dieta holandesa porque foi recomendada pelo governo holandês", disse Bellatti. "Em muitos aspetos, estas diretrizes são recomendadas por governos de todo o mundo; por exemplo, o governo norte-americano também recomenda uma dieta rica em frutas, legumes, nozes e peixe", acrescentou.

"Eu ficaria feliz se alguém fizesse esta dieta em vez de tantas outras dietas que estão na moda, mas não existe nada de mágico na dieta holandesa. O facto é que esta é uma dieta equilibrada", disse Bonnie Taub-Dix.

O resultado é que a chamada dieta holandesa pode não ser inovadora, na verdade, pode até nem ser considerada "uma dieta", mas o padrão alimentar destacado naquele estudo holandês tem qualidades que aparecem em dietas saudáveis um pouco por todo o mundo.

"Mesmo que possa ser encarada como uma nova dieta, estas recomendações existem há muito tempo", concluíram as investigadoras.