Pesquisadores da Universidade Loma Linda, nos Estados Unidos, publicaram os resultados dos estudos que culminaram num esforço para determinar quais os alimentos que podem ter efeitos negativos ou contribuir para doenças cardíacas com efeitos secundários prejudiciais, como aumento da pressão arterial ou ataques cardíacos.

A equipa reuniu os resultados de mais de 80 mil participantes e estudou os níveis de proteína de animais e gorduras.

Os resultados revelaram que aqueles com planos de dieta que incluem grandes quantidades de carne tinham 60 por cento maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, em oposição àqueles que recebiam as proteínas a partir de nozes e sementes e que tinham apenas 40 por cento de risco de desenvolver doenças cardíacas.

Depois de publicar os resultados dos estudos no International Journal of Epidemiology, o principal autor, Gary Fraser, afirmou que "embora as gorduras alimentares façam parte da história ao afetar o risco de doenças cardiovasculares, as proteínas também podem ter efeitos independentes importantes e largamente negligenciados sobre o risco".

"Esta nova evidência sugere que o quadro completo provavelmente também envolve os efeitos biológicos das proteínas nesses alimentos. Esta pesquisa sugere que há mais heterogeneidade do que apenas a categorização binária de proteína vegetal ou proteína animal."

A equipa revelou também que os resultados do seu estudo não pareceram uma surpresa, mas deixaram muitas perguntas sem resposta e, por isso, serão necessárias pesquisas adicionais.

Os pesquisadores questionam ainda se os aminoácidos podem ser um fator que contribui para certas condições cardiovasculares. Muitos fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, pressão alta e muito mais, são a principal preocupação da equipa que espera poder trabalhar em dietas novas e mais saudáveis para beneficiar pessoas em risco de sofrer de doenças relacionadas com o coração.