DOR

Nove em cada dez adultos no mundo já sofreram de dor corporal

Nove em cada dez adultos de 32 países já experienciou dor corporal num dado momento da sua vida e oito em cada dez já sofreram com dor de cabeça, revelam dados do "Estudo Global sobre o Impacto da Dor no Mundo" - Global Pain Index 2017.

Nove em cada dez adultos no mundo já sofreram de dor corporal

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A dor de corpo é sentida de forma global por quase toda a população, com incidência frequente nas costas, pescoço e ombros, destaca a pesquisa.

O estudo acrescenta também que as dores musculares são uma das grandes causas de queixa entre a população dos 32 países analisados, apesar de menos habituais.

Uma em cada quatro pessoas sofre de dor de cabeça regularmente.

Os dados apurados revelaram que cerca de 86 por cento da população sofre de dores semanais, sendo que as mais frequentes são as corporais (56 por cento), e oito em cada dez pessoas que registam dor sentem um decréscimo significativo na sua qualidade de vida.

Portugal é um dos dez países onde a dor corporal mais prevalece, ainda que a prevalência da dor de cabeça junto dos portugueses tenha registado um dos resultados menos significativos – entre 11 e 20 por cento.

Em Portugal, 70 por cento das pessoas que sofrem com dor corporal acreditam que isso prejudica fortemente o seu bem-estar diário, e 49 por cento dos portugueses que sofrem com dor de cabeça acreditam no mesmo.

Estes resultados são superiores à média global, onde 63 por cento da população que sofre de dor de corpo e 48 por cento que sofre de dor de cabeça crê que isso tenha o mesmo impacto.

No entanto, apesar de quase 70 por cento das pessoas com filhos que sentem dor, a nível mundial, serem da opinião de que a dor os impede de serem melhores pais, em Portugal, essa percentagem é de apenas 50 por cento.

Já relativamente ao impacto económico da dor no mundo, o estudo indica que esta está na origem de perdas na ordem dos 245 mil milhões de dólares anuais, uma vez que, em média, cada trabalhador tira 2,6 dias de trabalho por causa da dor.

Portugal, por outro lado, é dos países onde menos se tiram dias de trabalho pela mesma causa: apenas 1,4 dos portugueses o faz por dores corporais e 0,3 por dores de cabeça.

Metade dos trabalhadores crê ainda que o seu trabalho pode estar a contribuir para as suas dores – em Portugal, este número sobe para mais de metade (57 por cento para quem sofre de dores de corpo e 58 por cento para quem sofre de dores de cabeça).

A maioria das pessoas que sofre com dores corporais e de cabeça acredita saber a causa da dor, apesar de não consultar um especialista para o diagnóstico: 51 por cento da população que sofre de dores de corpo e 68 por cento que sofre de dores de cabeça baseia-se em diagnóstico próprio. Para além disso, quase metade da população que sofre de dor admite não fazer nada para aliviar a mesma.

De uma forma geral, este estudo, cuja intenção era compreender o verdadeiro impacto emocional, físico e pessoal da dor no mundo, permitiu compreender que este é um problema que afeta a população global em proporções bastante significativas, bem como as suas vidas e trabalhos.

Portugal parece seguir a tendência global, sendo a grande maioria da população portuguesa também altamente impactada pela dor.

O inquérito foi realizado entre 14 de setembro e 2 de novembro de 2016, a partir de inquéritos online de duração de 30 minutos e realizado a indivíduos com mais de 18 anos. Foram realizadas 18 500 entrevistas nos 32 países inquiridos.

Fonte: GSK

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