Não tomar pequeno-almoço pode duplicar risco de aterosclerose
Um estudo liderado por investigadores espanhóis sugere que ignorar o pequeno-almoço duplica o risco de "aterosclerose subclínica".
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A investigação, realizada pelo Centro Nacional de Investigação Cardiovascular Carlos III, em Espanha, examinou três tipos de consumo de pequeno-almoço, procurando uma conexão entre padrões de pequenos-almoços e a incidência de aterosclerose subclínica numa população saudável.
Publicado no Journal of American College of Cardiology, o estudo foi composto por mais de quatro mil participantes sem historial de doença cardiovascular; os participantes tinham entre 40 e 54 anos.
Os investigadores usaram técnicas de imagem multivascular e recolheram informações sobre o estilo de vida dos participantes. Os participantes foram monitorizados durante seis anos e os dados recolhidos foram analisados usando modelos de regressão multivariada.
O estudo descobriu que 27 por cento dos participantes consumiam regularmente um pequeno-almoço de alta energia ou um que oferecia mais de 20 por cento das calorias diárias recomendadas.
A maioria da amostra populacional (70 por cento) consumia regularmente um pequeno-almoço com pouca energia, ou que forneceu entre 5 e 20 por cento da ingestão diária de calorias.
Finalmente, 3 por cento dos participantes comiam muito pouco ou não comiam de todo.
Os especialistas descobriram que as pessoas neste último grupo eram mais propensas a ter hábitos alimentares e um estilo de vida não saudáveis; isso incluiu uma dieta pobre, tabagismo e consumo frequente de álcool. Os dados de imagem também revelaram que tinham 1,5 vezes mais lesões ateroscleróticas do que as pessoas que consumiam um pequeno-almoço de alta energia.
Este grupo também obteve a maior pontuação na lista de fatores de risco cardiovasculares; quem não tomava o pequeno-almoço tendia a ter uma maior circunferência da cintura e índice de massa corporal (IMC), além de níveis mais elevados de açúcar no sangue em jejum e lipídos no sangue ou gorduras.
Os resultados mostram que não tomar o pequeno-almoço é "um mau hábito que as pessoas podem mudar proativamente para reduzir o risco de doença cardíaca": segundo os investigadores, este estudo fez um contributo incalculável ao conhecimento científico e à saúde pública.