ESCOLIOSE

Escoliose não é causada por peso das mochilas

Embora, em regra, seja mais evidente um desvio da coluna para um dos lados, a escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna, com rotação e desvio em vários planos, indicam os especialistas.

Escoliose não é causada por peso das mochilas

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A sua causa é, na maioria dos casos, desconhecida, e por isso não é possível preveni-la. Estima-se que esta deformidade afete cerca de dois a três por cento dos adolescentes.

A escoliose é uma deformidade em que existe uma curvatura lateral da coluna no plano frontal. "Embora a causa da escoliose permaneça desconhecida, o seu desenvolvimento não tem sido relacionado a fatores nutricionais ou posturais, à prática de desporto, ao uso de mochilas ou ao transporte de uma mala pesada", explica o médico Nuno Neves, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV).

"O problema mais importante relacionado com a escoliose é a progressão da deformidade e os efeitos colaterais resultantes, como distúrbios respiratórios. Os principais sinais de alerta são os ombros a alturas diferentes, uma das ancas mais levantada, cintura desigual, inclinação do corpo para um dos lados e proeminência da grelha costal (bossa torácica) ao fletir a coluna para a frente", acrescentou o especialista.

Após a deteção da doença - na qual os pais e professores desempenham um papel importante -, a criança ou adolescente deve ser seguido por um especialista médico. A confirmação do diagnóstico e o acompanhamento geralmente são feitos por métodos radiológicos. As escolioses com menos de 20-25 graus exigem apenas uma vigilância regular até à conclusão do crescimento da coluna vertebral.

Em escolioses com uma curvatura entre os 20-25 e os 40-45 graus em adolescentes que ainda não terminaram o seu crescimento, o uso de um colete pode ser recomendado para impedir o agravamento da curva.

O tratamento deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia não reduzem a magnitude da curva ou o risco de progressão, mas essas opções podem ser usadas como terapia coadjuvante para melhorar a postura e fortalecer os músculos.

A cirurgia, quando necessária, destina-se às escolioses mais graves (cerca de um em cada cinco mil casos). O procedimento cirúrgico é feito com recurso a anestesia geral e geralmente obriga a um regime de internamento entre quatro a sete dias, referem os especialistas.

Fonte: press release

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