ALIMENTAÇÃO

Nutricionistas advertem sobre consumo frequente de atum em lata

Considerado um alimento básico para metade da população, o atum enlatado não é mau, mas também não se pode exagerar no seu consumo. A chave, segundo os nutricionistas e os especialistas, está na quantidade e na qualidade.

Nutricionistas advertem sobre consumo frequente de atum em lata


O atum é um peixe grande e predador. Isso significa que, ao longo de sua vida, alimenta-se de peixes menores que contêm mercúrio, que acaba por acumular. O mercúrio é especialmente problemático para o desenvolvimento do sistema nervoso dos fetos e das crianças.

A Organização Mundial da Saúde emitiu um alerta sobre alimentos com níveis elevados de mercúrio, no entanto, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (ASEAN) reiterou que, em geral, os benefícios do consumo desse peixe – que contém ácidos gordos ómega-3, proteínas e vitaminas – superam os riscos, desde que não se consuma em excesso as espécies mais contaminadas.

Os grupos mais vulneráveis, como as grávidas, as mulheres que planeiam engravidar, as mães que amamentam e as crianças pequenas, devem ter especial cuidado com este alimento. A AESAN analisou 21 amostras de atum em óleo e encontrou um teor médio de mercúrio de 0,26 miligramas por quilograma, bem abaixo do limite europeu para o atum (1 mg/kg).

Isto significa que o problema não é a ingestão de uma lata ocasional, mas o consumo muito frequente, especialmente entre estes grupos vulneráveis. Um adulto teria de ingerir sete latas de atum por semana para ultrapassar a quantidade de mercúrio considerada segura.

De acordo com o nutricionista Aitor Sánchez, o ideal é não ultrapassar quatro latas por semana, principalmente no caso das grávidas. Convém referir, contudo, que nem todo o atum enlatado apresenta o mesmo risco, e isto porque algumas latas contêm espécies menores que acumulam menos mercúrio.

As latas rotuladas como “atum claro” geralmente contêm atum albacora (Thunnus albacares), uma espécie tropical grande com níveis mais altos de mercúrio. Já as latas rotuladas simplesmente como “atum” geralmente contêm atum-bonito (Katsuwonus), uma espécie menor com níveis mais baixos de mercúrio.

Além do atum enlatado existem outras alternativas excelentes, como sardinha e cavala – peixes pequenos e com baixos níveis de mercúrio. Aliás, se tiver de escolher entre atum e cavala, opte sempre pela cavala.
Acima de tudo, a preocupação deve estar em consumir menos alimentos salgados e ultraprocessados (o que inclui enlatados com alto teor de sal) e mais alimentos frescos.

Fonte: Tupam Editores

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