Existem dois tipos de dióspiros: os adstringentes, conhecidos por serem moles pela sua polpa gelatinosa, e os não adstringentes, cuja polpa é mais firme e crocante, semelhante à de uma maçã. Se não tem o hábito de comer este fruto deveria passar a fazê-lo pois ele oferece múltiplos benefícios para a saúde.

Para começar, está cheio de nutrientes. É rico em potássio, cálcio, fósforo, magnésio e, em carotenoides, responsáveis pela sua coloração, contribuindo para assegurar cerca de 22% da Dose Diária Recomendada (DDR) de vitamina A. É, ainda, uma boa fonte de vitamina C e de outros antioxidantes que fortalecem o sistema imunitário.

Sendo abundante em fibra, o dióspiro também é importante na diminuição do risco de problemas cardíacos, na redução dos níveis de colesterol (caso seja elevado) e na regulação da tensão arterial. Regula ainda o trânsito intestinal, promove a saciedade e pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue.

Possui igualmente propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir condições causadas pela inflamação, como artrite reumatoide, doenças cardíacas, asma, doença inflamatória do intestino, DPOC, doença de Crohn e colite ulcerosa.

Promove uma visão saudável. Um estudo realizado em 2019 concluiu que o consumo de dióspiro permitia a redução da pressão intraocular em ratos. Para além disso, a sua riqueza em antioxidantes também previne a degeneração ocular.

Sendo frutos bastante sensíveis, devem ser escolhidos com algum cuidado. Opte pelos intactos e sem cortes ou manchas na pele e que ainda tenham o pedúnculo.
O seu ponto de maturação é muito importante e é o segredo para um dióspiro perfeito. Se estiver “verde”, é provável que sinta alguma adstringência, o que acontece pela contração das mucosas da boca quando entram em contacto com os taninos (sensação de boca áspera que ocorre quando se consome o fruto ainda verde).