OBESIDADE

Obesidade e sono inadequado elevam risco de doenças crónicas

Pessoas com um sono inadequado e obesidade têm um risco muito maior de multimorbidade, ou seja, de ter duas ou mais doenças crónicas simultaneamente, sugere um estudo realizado por investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália.

Obesidade e sono inadequado elevam risco de doenças crónicas


A multimorbidade é comummente associada ao envelhecimento da população e é uma das principais causas de aumento da mortalidade, dos custos com a saúde e das reações adversas a medicamentos, além de reduzir a qualidade de vida e comprometer a funcionalidade.
Cerca de 35% dos australianos com 45 anos ou mais já têm duas ou mais doenças crónicas, e as taxas têm aumentado constantemente.

A investigação, cujos resultados foram publicados no Australian and New Zealand Journal of Public Health, analisou a população australiana de meia-idade e idosa e descobriu que a multimorbidade entre pessoas que relataram má qualidade do sono aumentou de 43% em 2013 para 46% em 2021. No caso das pessoas com obesidade, o aumento foi de 46% para 48%.
Já a combinação de má qualidade do sono e obesidade mostrou-se particularmente prejudicial, com a probabilidade de desenvolver multimorbidade a atingir quase 80%.

As descobertas confirmam que a má qualidade do sono e a obesidade são fatores de risco significativos para a multimorbidade. Para o Dr. Syed Afroz Keramat, líder do estudo, a investigação reforçou que dois fatores de estilo de vida importantes, comuns e modificáveis contribuem significativamente para o problema complexo da multimorbidade na população australiana de meia-idade e idosa.

Assim, melhorar o sono e manter um peso saudável não é importante apenas para combater doenças individuais, também é crucial para a prevenção de múltiplas doenças crónicas.

Segundo o Dr. Keramat, o estudo pode ajudar a moldar uma nova abordagem para as políticas de saúde pública. Uma abordagem liderada pela comunidade, em que as iniciativas de saúde são elaboradas com a participação do consumidor, podiam ser mais eficazes para alcançar mudanças reais.

Na verdade, este estudo pode ajudar a ir mais além da mera identificação dos riscos para a saúde, ou seja, pode permitir enfrentar mais ativamente e eficazmente esses riscos nas comunidades, resultando potencialmente em melhores resultados de saúde para as populações.

Fonte: Tupam Editores

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