Creatina: suplemento pode atingir mais do que os músculos
Viu alguém no ginásio a tomar creatina e está a pensar experimentar? Pois saiba que este suplemento não afeta só os músculos, também chega ao cérebro.

Quem recorre a este método – seja em pó ou em cápsulas –, geralmente procura ver resultados físicos, uma vez que este componente, que já existe no nosso corpo (ainda que em poucas quantidades), promete ajudar no desempenho dos treinos.
A suplementação pode aumentar as concentrações intramusculares de creatina, o que permite explicar as melhorias observadas no desempenho em exercícios de alta intensidade. Além disso, a ciência demonstra que os suplementos de creatina podem melhorar a recuperação pós treino e a prevenção de lesões.
No entanto, apesar de poucos estudos sustentarem esta teoria, os especialistas apuraram que os efeitos deste suplemento podem ser mais amplos e chegar ao cérebro, favorecendo uma “neuroproteção”, por exemplo contra concussões ou da medula espinhal. A substância também pode ser uma mais-valia para o cérebro das pessoas idosas e ajudar no combate e, sobretudo, na prevenção de doenças neurodegenerativas (por exemplo, distrofia muscular, Parkinson, doença de Huntington).
Se vai mesmo incluir a creatina na sua rotina não precisa de o fazer sempre à mesma hora, mas é importante não o fazer com o estômago vazio pois pode causar desconforto abdominal e, nesse caso, ter o seu potencial comprometido. Tomar o suplemento com uma refeição rica em hidratos de carbono pode ajudar a aumentar a absorção de creatina nos músculos.
Em termos físicos os efeitos não são imediatos, pelo que a toma do suplemento pode exigir consistência.