A incidência de cancros digestivos em Portugal poderá sofrer um incremento de 23 % até 2045, alerta a associação Europacolon, que lançou um peditório nacional para reforçar os apoios aos doentes. Estima-se que ocorram cerca de 18 000 novos casos anuais desta categoria de cancro no país.
Segundo os dados apresentados, com o envelhecimento populacional, o número de mortes por estas doenças pode crescer mais de 30 %. O cancro colorretal destaca-se entre os mais diagnosticados no sistema digestivo. A entidade responsável pelo estudo insiste que a detecção precoce continua a ser a melhor estratégia para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade.
Entretanto, a Europacolon denuncia falta de apoio estruturado por parte do Estado para estas doenças, forçando a associação a recorrer a campanhas de angariação de fundos para manter serviços aos pacientes. Outro ponto alarmante refere-se ao diagnóstico tardio em pessoas cada vez mais jovens, algo que contribui para casos mais graves e prognósticos piores.
A mensagem dos especialistas é clara: a adesão aos rastreios, a sensibilização da população e a melhoria dos recursos do sistema de Saúde são essenciais para inverter a trajetória de crescimento destes cancros. A campanha que decorre entre 27 e 30 de setembro pretende mobilizar consciências e recursos para responder ao desafio.
