O metabolismo do álcool é a forma como o corpo elimina essa substância e é maioritariamente determinado por fatores genéticos (como a quantidade de enzimas disponíveis) e ambientais (a quantidade de álcool consumida e a nutrição geral).

O álcool é metabolizado através de vários processos. Geralmente, é produzido pelas enzimas desidrogenase (ADH) e aldeído desidrogenase (ALDH), responsáveis por “quebrar” a molécula do álcool. Existem também outras enzimas, como o citocromo P450 2E1 e a catalase, mas a primeira só é ativada por grandes quantidades de álcool, e a segunda decompõe apenas uma pequena porção.

Essas enzimas são encontradas no fígado, que, em média, só consegue metabolizar 0,12 gramas por litro de álcool no sangue por hora. Portanto, esse processo, embora dependente da quantidade consumida, pode levar até 19 horas.

Isto quer dizer que uma cerveja pode corresponder a um nível de álcool no sangue entre 0,21 e 0,28 em homens, levando um mínimo de uma hora e 45 minutos para que o álcool seja completamente metabolizado. Nas mulheres, esse nível é maior, entre 0,34 e 0,48, o que significa um tempo de metabolização de quase três horas.

Um dos atos mais irresponsáveis que muitas pessoas cometem é conduzir sob o efeito do álcool. O medo do teste de alcoolemia (ou teste do balão) leva-as a recorrer a “truques” para eliminar a substância mais rapidamente do organismo. No entanto, não há como reduzir o nível de álcool no sangue: a única maneira de evitar ser apanhado no teste é não ingerir álcool. Mesmo em pequenas quantidades, é difícil controlar o nível de álcool e a forma como a bebida pode afetar cada pessoa.

Embora não seja possível eliminar os níveis de álcool no sangue mais rapidamente, pode-se “amenizar” os seus efeitos. Por exemplo, as bebidas isotónicas e a água mineral ajudam a combater a desidratação causada pelo álcool. O café, por sua vez, pode neutralizar a sensação de cansaço que este produz.