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Tintas das tatuagens têm riscos ocultos

A arte corporal permanente aumentou em popularidade nos últimos anos, e milhões de pessoas têm tatuagens pretas/monocromáticas ou coloridas. Na verdade, só na Austrália, uma em cada quatro pessoas tem pelo menos uma tatuagem, mas as novas investigações sugerem que o conteúdo das tintas pode representar riscos maiores do que o tamanho e o design da tatuagem.

Tintas das tatuagens têm riscos ocultos


Um novo estudo da Universidade Flinders, em Adelaide, revelou que os ingredientes listados nos rótulos das tintas muitas vezes não correspondem ao que realmente está dentro do frasco. O facto só vem aumentar os riscos para a saúde, pois atualmente existem poucas regulamentações, leis e critérios de segurança para formulações de tatuagens e cosméticos permanentes.

Na investigação foram analisadas tintas comercializadas como amarelo-limão, amarelo-dourado, haste-dourada e laranja-vivo, contendo pigmentos como Amarelo 14 e 65, Azul 15 e Laranja 13. Os resultados mostraram não só discrepâncias em relação às alegações do rótulo, como ainda relativamente à presença de elementos não listados, como alumínio, sódio e silício. Isto vem destacar a existência de lacunas na supervisão das tintas.

As descobertas, publicadas no Journal of Environmental Health, levantam novas preocupações sobre a segurança e a regulamentação deste tipo de tintas.
Utilizando uma combinação de técnicas analíticas avançadas, conseguiram encontrar-se discrepâncias entre os ingredientes indicados no rótulo e os ingredientes reais em várias tintas amarelas para tatuagem disponíveis comercialmente.

Os componentes ocultos levantam sérias questões sobre a segurança do consumidor, a regulamentação e a degradação dos pigmentos no corpo. Estes pigmentos injetados na pele podem desencadear reações alérgicas, inflamações e até mesmo efeitos sistémicos à saúde.

Segundo a Professora Claire Lenehan, autora sénior, o estudo faz parte de uma investigação em curso para analisar a composição, a segurança e as implicações das tintas de tatuagem para a saúde. O trabalho anterior demonstrou que compostos cancerígenos e substâncias químicas que danificam o ADN podem ser libertados durante a execução da tatuagem, o envelhecimento ou a sua remoção.
Importa referir que os pigmentos das tatuagens podem degradar-se sob exposição solar, envelhecimento ou remoção a laser, agravando ainda mais os potenciais riscos.

Fonte: Tupam Editores

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