MENOPAUSA

Óleo de Onagra alivia sintomas associados à menopausa

Ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, problemas de sono, secura vaginal, dificuldade de concentração e dor durante o sexo fazem parte da longa lista de sintomas que, em maior ou menor grau, afetam a maioria das mulheres na menopausa. Mas nenhuma tem de se conformar com esta sintomatologia, pois existem várias estratégias para a combater.

Óleo de Onagra alivia sintomas associados à menopausa


Uma das vias inclui o uso do óleo de Onagra, ou óleo de prímula. A principal razão pela qual o óleo de Onagra é tão amplamente utilizado entre mulheres com sintomas na menopausa são os seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes.

De acordo com a Dra. Elena Meliá, do Centro Médico Ruber Internacional de Havana, essas propriedades devem-se ao facto de o óleo derivado das sementes da planta Oenothera Biennis ser rico em ácidos gordos essenciais, ácido gama-linoleico e ácido linoleico.
Em concreto, em ácidos gordos (especialmente ómega 6 e 9) que são transformados no corpo em substâncias anti-inflamatórias e moduladoras de hormonas (especificamente, prostaglandinas). Por essa razão, tem sido tradicionalmente utilizado para vários problemas de saúde das mulheres, incluindo para os sintomas associados à menopausa.

Um estudo realizado em 2021 que envolveu 1.750 mulheres de toda a Espanha permitiu concluir que 40,9% das mulheres entrevistadas sofriam de ondas de calor. Muitas delas tomaram óleo de Onagra acreditando que isso as ajudaria a lidar melhor com o sintoma, no entanto, cientificamente não parece que o seu uso se possa recomendar.

Em relação ao seu efeito sobre as ondas de calor, uma revisão de estudos publicada em 2024 concluiu que há uma diminuição na gravidade, mas não na frequência ou duração deste sintoma. Os autores consideram que são necessários outros estudos para obter mais evidências para a sua recomendação.

Além dos sintomas físicos, as alterações hormonais também afetam as emoções, causando mudanças bruscas de humor. Em relação a este sintoma, os resultados dos estudos realizados são controversos e ainda muito preliminares.

Quanto às doses, embora o consumo de óleo de Onagra seja bastante seguro até 3 g, a verdade é que, acima dessas quantidades, pode causar distúrbios convulsivos ou epilepsia. É, aliás, contraindicado em pacientes que sofrem da doença.

A Dra Meliá alerta sobre os possíveis efeitos colaterais associados ao consumo deste óleo, mencionando o facto de poder estar associado a dores abdominais, diarreia e dor de cabeça. Pode ainda aumentar o risco de sangramento, pelo que deve ser tomado com cautela em pessoas com epilepsia, devendo ainda ser consideradas possíveis interações com outros medicamentos.

As mulheres grávidas também não o devem tomar e, como é um fitoestrogénio, não deve ser tomado em caso de histórico de cancro hormono-dependente. No entanto, se tomado nas doses adequadas e por um curto período de tempo, o seu uso provavelmente é seguro para a maioria das pessoas. Em tratamentos a longo prazo recomenda-se o aconselhamento de um profissional de saúde.

Fonte: Tupam Editores

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