O ensaio clínico randomizado foi conduzido entre julho de 2020 e março de 2023 em 7 clínicas afiliadas ao Brigham and Women's Hospital em Boston, Massachusetts. Os pacientes elegíveis eram adultos (com idade ≥18 anos).
A equipa selecionou aleatoriamente metade de um grupo de 366 doentes para utilizar uma App de smartphone para monitorizar os seus sintomas de asma entre as consultas.

Os pacientes do grupo de intervenção tinham de utilizar uma App de saúde móvel para preencher questionários semanais de sintomas, monitorizar anotações, picos de fluxo e gatilhos, e visualizar informações educacionais. Caso os sintomas dos pacientes piorassem, havia a opção de telefonarem ao médico.

Os resultados mostraram que a App ajudou particularmente pessoas entre os 18 e os 44 anos e aquelas que começaram com uma pontuação de qualidade de vida mais baixa ou com asma mais descontrolada.
Segundo os investigadores, a App é mais eficaz entre esses pacientes porque eles têm mais potencial para melhorar o conhecimento, habilidade e confiança na gestão da sua saúde, e essa intervenção ajuda-os com esses fatores.

Para Robert Rudin, líder do estudo, os dados sugerem que a monitorização dos sintomas entre as consultas levou a uma melhora média na qualidade de vida entre os pacientes com asma, embora essa melhora não tenha atingido o limite de uma mudança minimamente importante.

Ainda assim, a intervenção revelou benefícios potenciais para certos subgrupos e pode ser útil noutras doenças crónicas nas quais os sintomas entre as consultas são importantes, como é o caso dos distúrbios reumatoides, distúrbios musculoesqueléticos e problemas de saúde mental.