ESCLEROSE

Identificado novo biomarcador para prever progressão da EM

A esclerose múltipla (EM) é a doença desmielinizante inflamatória mais prevalente do sistema nervoso central (SNC), afetando 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença tem sido classificada em EM remitente recorrente, EM secundária progressiva e EM primária progressiva, no entanto, o conceito tem sido questionado por evidências de recidivas durante as fases progressivas e pela ocorrência precoce de progressão independente de recidivas na EM recorrente.

Identificado novo biomarcador para prever progressão da EM


Os tratamentos atuais para a EM reduzem a atividade de recidiva, mas têm um impacto limitado na progressão da doença. Recentemente, uma equipa de investigadores da Universidade de Turku, na Finlândia, descobriu um novo biomarcador que pode prever a sua progressão.

O estudo, liderado pela Professora Laura Airas em colaboração com colegas alemães e holandeses, permitiu apurar que a espessura da borda de células inflamatórias ao redor das lesões cerebrais está diretamente associada à gravidade e à velocidade de progressão da doença.

A investigação, publicada na revista Nature Medicine, combinou dados de imagens PET de 114 pacientes finlandeses com EM com análises post-mortem de tecido cerebral de pacientes holandeses com a doença. Os resultados mostraram que quanto mais ampla a borda inflamatória ao redor de uma lesão cerebral, mais agressiva é a progressão da doença.

Segundo a Professora Airas, quando as células microgliais formam uma borda espessa ao redor das lesões de EM, a sua atividade nociva penetra mais profundamente no tecido cerebral saudável, causando danos irreversíveis.

A descoberta permite não só identificar precocemente os pacientes que necessitam de um tratamento mais agressivo, mas também avaliar a eficácia de novos candidatos a medicamentos – tudo através da observação das alterações nas bordas das lesões.
Espera-se que os resultados contribuam para o desenvolvimento de tratamentos, particularmente para a EM progressiva, a forma ainda subtratada da doença.

Fonte: Tupam Editores

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