Jejum intermitente: benéfico ou arriscado para a saúde?
Embora possa parecer uma nova tendência, o jejum intermitente é popular há mais de 1.500 anos. Sabe-se que ajuda algumas pessoas a perder peso, no entanto, desconhece-se se é benéfico para órgãos como o coração.

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Na verdade, as investigações iniciais sugerem que o jejum intermitente pode ser prejudicial ou arriscado. Ao que parece, as pessoas que praticam este tipo de padrão alimentar têm duas vezes mais probabilidades de morrer de doenças cardíacas ou de morrer em geral do que aquelas que não a praticam.
O principal problema é que o jejum intermitente não é padronizado, existem muitas formas de o praticar. Nas últimas décadas, foi popularizado no Reino Unido como “coma o que quiser durante cinco dias e depois não coma nada durante dois dias inteiros, exceto líquidos e sopas”. As pessoas estavam a conseguir perder peso e, a partir daí, começaram a adaptar-se ao jejum de maneiras muito diferentes.
Algumas pessoas restringem o seu horário de alimentação das 10h às 15h, por exemplo. A forma mais comum de jejum intermitente é simplesmente saltar o pequeno-almoço.
Mas saltar o pequeno-almoço historicamente não é algo necessariamente saudável. Não se sabe bem porquê, mas existem inúmeros estudos que mostram que as pessoas que saltam esta refeição têm um risco aumentado de doenças cardíacas e de outras enfermidades.
O início da manhã é a altura em que as pessoas têm mais ataques cardíacos. Parte da razão é o estado de alta adrenalina que ocorre logo de manhã. Isto, em combinação com a falta de comida e de calorias, pode ser a razão pela qual as investigações mostram que as pessoas que praticam o jejum intermitente não são necessariamente mais saudáveis.
Aquelas que perdem peso através do jejum intermitente podem beneficiar a saúde geral, mas isso não significa necessariamente que tenham de o fazer para sempre. Há outros fatores a considerar quando as pessoas não tomam o pequeno-almoço ou outras refeições. As hormonas do stress aumentam, o que pode aumentar a pressão arterial e a adrenalina, causando muitas alterações que podem até ser mais prejudiciais do que benéficas.
Conclui-se, então, que para o jejum intermitente ser considerado saudável depende de como é feito. Começar a saltar o jantar, a fazer jantares muito leves ou simplesmente tentar não jantar muito tarde, é uma excelente maneira de praticar este padrão alimentar. Outra opção é fazer almoços muito leves ou saltar esta refeição completamente, não havendo necessidade de ficar muito tempo sem comer.
Os estudos revelam que fazer várias pequenas refeições ao longo do dia, em vez de apenas duas grandes refeições, dá origem a um colesterol melhor e muitas outras mudanças positivas no metabolismo. Portanto, a ideia de não ingerir alimentos ou calorias durante longos períodos de tempo ainda é motivo de debate.
Com base em evidências recentes, o jejum intermitente é particularmente perigoso para pacientes com doenças cardíacas ou com histórico de doenças cardíacas.