Por essa razão, é importante saber quando e como ingerir a chia. Isto porque o seu consumo excessivo pode causar problemas digestivos, como inchaço, gases ou prisão de ventre devido ao alto teor de fibras. Assim, é aconselhável aumentar a ingestão de água ao consumi-la.

Existe ainda o risco de asfixia. As sementes de chia podem absorver até 10 vezes o seu peso em água, formando um gel. Se ingeridas secas e depois com líquido, podem expandir-se no esófago e causar obstruções, pelo que devem ser deixadas de molho antes do consumo.

Outro aspeto importante a considerar é que as sementes de chia aumentam o risco de hemorragia ou sangramento, por isso devem ser evitadas por quem toma anticoagulantes, como a varfarina, por exemplo. Elas podem interferir na ação desses medicamentos, aumentando a possibilidade de complicações graves. As pessoas nesta situação devem consultar o seu médico antes de as consumir.
Podem ainda afetar a pressão arterial, assim, quem toma medicamentos para a hipertensão deve consultar um profissional de saúde antes de as incorporar regularmente à dieta.

Quem tem alergia a nozes ou plantas relacionadas à Salvia hispanica (nome científico da chia) também deve evitar o seu consumo. As reações alérgicas podem ser graves e é importante estar atento a quaisquer sintomas de alergia ou intolerância, como erupções cutâneas, inchaço ou dificuldade em respirar. Em caso de sintomas é essencial consultar um médico.

Uma quantidade segura e benéfica é de 1 a 2 colheres de sopa (aproximadamente 10-20 g) por dia, mantendo uma hidratação adequada. As sementes de chia são um alimento versátil e nutritivo, quando consumido com cautela.
Ao seguir as recomendações de um profissional de saúde e estar atento aos sinais do seu corpo, vai poder aproveitar todos os benefícios da chia sem comprometer a saúde. Lembre-se sempre de consumir com moderação, aliada a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.