Gonorreia: primeiro antibiótico em 30 anos testado com sucesso
Pela primeira vez em 30 anos, houve um progresso significativo contra a gonorreia, uma das infeções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns. De acordo com um estudo liderado por investigadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, há um novo antibiótico eficaz contra as estirpes resistentes.

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As IST são um grupo de infeções transmitidas através de relações sexuais desprotegidas. A sua transmissão pode ocorrer através do sexo oral, anal ou vaginal. Em conjunto com a sífilis, a clamídia, o HIV e a hepatite B, a infeção gonocócica (gonorreia) é uma das que mais aumentam.
Esta infeção é tratada com antibióticos, no entanto, se não for tratada rapidamente pode ter consequências graves, principalmente nas mulheres, como problemas de infertilidade. O pior é que o surgimento de bactérias resistentes aos antibióticos tem vindo a complicar o tratamento.
Mas o estudo, publicado na revista científica The Lancet, revelou que um antibiótico chamado gepotidacina pode ser o novo tratamento para a gonorreia. Pelo menos, é o primeiro tratamento eficaz e seguro a surgir em trinta anos, desde a década de 1990.
O antibiótico não é novo, e tem sido usado com sucesso contra algumas infeções do trato urinário. No entanto, no ensaio clínico internacional avaliou-se a sua eficácia em casos de gonorreia, para ver quão eficaz seria, em caso de não responderem aos antibióticos padrão.
A investigação incluiu 628 participantes, sendo que metade recebeu o tratamento convencional – uma combinação de uma injeção de ceftriaxona e um comprimido de azitromicina –, enquanto o outro grupo recebeu o novo antibiótico, com duas doses orais de três gramas. Os resultados revelaram que a taxa de sucesso foi de 92,6% para a gepotidacina em comparação com 91,2% do tratamento convencional.
Entretanto, o grupo que recebeu o novo antibiótico teve taxas mais altas de eventos adversos relacionados à droga, principalmente questões gastrointestinais, quase todos médios ou moderados. Não se identificou nenhum evento adverso severo relacionado ao tratamento em nenhum dos grupos.
Os especialistas consideram-no uma nova opção de tratamento oral para a gonorreia urogenital não complicada, e confirmam que pode ser uma ferramenta fundamental contra o surgimento de estirpes resistentes.