Desenvolvido dispositivo para determinar tipos de dor crónica
A dor é a principal razão pela qual os pacientes procuram atendimento médico e é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Uma equipa de investigadores da Universidade Monash desenvolveu um novo método (pré-clínico) para distinguir entre subtipos de dor crónica, como fibromialgia e neuropatia periférica.

DOENÇAS E TRATAMENTOS
AZOOSPERMIA, QUANDO OS ESPERMATOZOIDES ESTÃO AUSENTES...
As anomalias no sémen são a principal causa de infertilidade masculina. A azoospermia é uma condição na qual não existe uma quantidade de espermatozoides mensurável no sémen. LER MAIS
No estudo, especialistas do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Monash (MIPS), em colaboração com a Universidade Flinders, desenvolveram uma abordagem minimamente invasiva denominada “dor-num-chip” – um dispositivo microfluídico que utiliza nervos sensoriais vivos num chip para ajudar a diagnosticar objetivamente condições de dor crónica, um problema de saúde global mal compreendido cujo tratamento é desafiador.
O dispositivo consegue isso distinguindo células que iniciam a sensação de dor. Essas células, conhecidas como nociceptores, estão associadas a uma série de condições de dor, incluindo à dor crónica.
A equipa utilizou o biossensor microfluídico para diferenciar entre amostras de sangue extraídas de dois modelos animais diferentes de dor crónica: um focado na fibromialgia e o outro na neuropatia diabética.
Através do método dor-num-chip conseguiram demonstrar a capacidade do dispositivo para distinguir objetivamente a resposta das células nociceptoras em relação aos dois subtipos de dor crónica.
De acordo com o professor Nicolas Voelcker, do MIPS, o conceito dor-num-chip tem o potencial de fornecer uma plataforma de biossensor para um método de análise minimamente invasivo e objetivo para discriminar entre subtipos de dor crónica.
A dor crónica consequência de condições como fibromialgia e neuropatia pode ser muito isoladora e extremamente debilitante. As descobertas do estudo, publicado no jornal Biosensors and Bioelectronics, podem abrir caminho para o desenvolvimento de uma ferramenta inteiramente nova para determinar estados de dor crónica com base na recolha de sangue. Até agora, este tipo de ferramentas de diagnóstico não existe nas aplicações pré-clínicas e clínicas.