MEDICAMENTO

Novo medicamento pode reduzir risco cardíaco súbito em 94%

Um novo medicamento pode ajudar a proteger milhões de pessoas de ataques cardíacos e derrames, reduzindo um fator de risco pouco conhecido no sangue, sugere um estudo publicado no New England Journal of Medicine.

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Produzido pela Eli Lilly, o medicamento, denominado lepodisiran, reduziu os níveis de uma pequena partícula chamada Lp(a) – uma mistura de proteína e lípidos –, em 94% com uma única injeção. Os seus efeitos duraram seis meses sem reações colaterais importantes.

Cerca de 64 milhões de americanos têm níveis elevados de Lp(a), que estão associados a um risco maior de ataque cardíaco e de derrame, mas são poucos os médicos que fazem o teste para identificar o problema, logo, a maioria das pessoas não sabe que o tem.

A Lp(a) foi descoberta em 1974 e é controlada principalmente pelos genes. A dieta e os exercícios não ajudam. Pessoas com níveis ligeiramente altos têm um risco 25% maior de doença cardíaca, e aquelas com níveis muito altos – cerca de 10% das pessoas – têm o dobro do risco. Segundo os médicos, essa é muitas vezes a razão oculta por detrás dos ataques cardíacos em pessoas jovens ou saudáveis.

Segundo os estudos, menos de 1% dos americanos fizeram um teste de Lp(a), e entre aqueles com doença cardíaca o número de testados também não aumentou muito, correspondendo a apenas 3%. Na verdade, todos os adultos deveriam fazer o teste pelo menos uma vez, pois a Lp(a) não muda com o tempo.

De acordo com o Dr. Steven Nissen, cardiologista da Clínica Cleveland, as pessoas com Lp(a) alta precisam de tratar todos os outros fatores de risco cardíaco, como colesterol e pressão arterial.

O lepodisiran reduziu as concentrações séricas médias de Lp(a) de 60 a 180 dias após a administração. Apesar dos resultados, mais estudos são necessários para confirmar se a redução de Lp(a) também diminui o risco de ataques cardíacos e de derrames.

Fonte: Tupam Editores

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