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Cancro: tabagismo piora qualidade de vida dos sobreviventes

O tabagismo piora a qualidade de vida dos sobreviventes de cancro, especialmente daqueles que continuam a fumar após os tratamentos, apurou um estudo realizado por investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Cancro: tabagismo piora qualidade de vida dos sobreviventes

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O cancro é uma das principais causas de morte em todo o mundo, com ramificações físicas e psicológicas bem estabelecidas para os indivíduos afetados. A importância de avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) na investigação oncológica é cada vez mais reconhecida.

A QVRS diminui frequentemente entre os sobreviventes de cancro devido a vários fatores. Alguns pacientes com cancro que fumam antes do diagnóstico de cancro mantêm este hábito prejudicial, contribuindo potencialmente para um declínio mais significativo na sua QVRS.

No estudo, publicado na revista científica Frontiers in Oncology, a equipa de investigação analisou informações médicas de 39.578 residentes dos Estados Unidos, registados no banco de dados Behavioral Risk Factor Surveillance, dos anos de 2016 e 2020.

Foi criado um resultado composto multidimensional para avaliar a QVRS, que integrava quatro dimensões distintas – saúde geral, saúde mental, saúde física e limitações de atividade. Os especialistas utilizaram modelos de regressão logística para analisar a associação entre tabagismo e baixa QVRS, ajustados para fatores de confusão demográficos, socioeconómicos e relacionados à saúde.

A equipa descobriu que, após ajuste para possíveis fatores de confusão, os fumadores atuais tinham uma QVRS significativamente pior do que os que nunca haviam fumado. Além disso, os ex-fumadores apresentavam pior QVRS do que os que nunca haviam fumado; mas essa associação não foi tão forte quanto a dos fumadores atuais.

Os resultados destacam a associação adversa do tabagismo com a baixa QVRS nos sobreviventes de cancro, e realçam a importância de os profissionais de saúde darem prioridade à cessação do tabagismo e de desenvolverem intervenções personalizadas para alcançar esse objetivo.

Fonte: Tupam Editores

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