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Estudo indica que cremes esteroides podem afetar saúde óssea

A relação entre o uso prolongado de corticosteroides tópicos de potência variável e a osteoporose e fratura osteoporótica grave (MOF) não são claras. Desconhece-se também a suscetibilidade aos efeitos ósseos adversos dos corticosteroides tópicos nos diferentes sexos, idades e grupos étnicos.

Estudo indica que cremes esteroides podem afetar saúde óssea

DOENÇAS E TRATAMENTOS

OSTEOPOROSE, A DOENÇA SILENCIOSA


Um estudo publicado no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology revelou que doses mais elevadas de corticosteroides tópicos, normalmente usados para tratar doenças inflamatórias da pele, estão associadas a riscos elevados de osteoporose e fraturas ósseas associadas à osteoporose.

De 2017 a 2020, a equipa de investigação selecionou 129.682 casos de osteoporose e 34.999 casos de MOF e compararam estes indivíduos com 518.728 e 139.996 controles (sem osteoporose ou MOF) por sexo e idade.

Os investigadores encontraram relações dose-resposta claras entre a exposição prolongada aos corticosteroides tópicos e a osteoporose e as MOF. Por exemplo, em comparação com nenhuma dose, doses cumulativas baixas, médias e altas de corticosteroides tópicos foram associadas a probabilidades 1,22, 1,26 e 1,34 vezes maiores de desenvolver osteoporose ao longo de cinco anos.

As respetivas doses também foram associadas a probabilidades 1,12, 1,19 e 1,29 vezes maiores de sofrer fraturas osteoporóticas graves. Verificou-se que as mulheres apresentavam riscos mais elevados de osteoporose e de MOF do que os homens. Já as pessoas mais jovens (menores de 50 anos) tinham maior risco de osteoporose em comparação com outras faixas etárias.

De acordo com Chia-Yu Chu, do Hospital da Universidade Nacional de Taiwan e da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Taiwan, este estudo enfatiza que o uso de corticosteroides tópicos para tratar doenças inflamatórias da pele deve ser realizado com muito cuidado, especialmente em populações suscetíveis, como mulheres e jovens, e os médicos devem estar cientes dos possíveis efeitos colaterais destes medicamentos.

Fonte: Tupam Editores

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