HIPERTENSÃO

Quer baixar a pressão arterial? Faça exercício à noite

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos, permitiu concluir que os idosos que se exercitaram à noite tiveram uma queda maior na pressão arterial em comparação com os que se exercitaram pela manhã.

Quer baixar a pressão arterial? Faça exercício à noite

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No que diz respeito à pressão arterial, os pacientes idosos ou com hipertensão resistente ou com obesidade nem sempre obtêm tanto benefício do exercício quanto outros grupos. Para esses pacientes, descobrir um horário mais benéfico para o exercício pode reduzir a necessidade de medicamentos ou ajudá-los a funcionar melhor.

O estudo incluiu 23 idosos com hipertensão, que tomavam medicação para a pressão arterial há pelo menos quatro meses. Os participantes exercitaram-se três vezes por semana durante 10 semanas pedalando numa bicicleta ergométrica. Um grupo exercitou-se apenas entre as 7h00 e as 10h00 e o outro grupo apenas entre as 17h00 e as 20h00.

Os investigadores descobriram que, embora a pressão arterial diastólica tenha diminuído de forma semelhante em ambos os grupos, a pressão arterial sistólica diminuiu apenas após o exercício realizado à noite. Em cada grupo foram medidas ainda as funções autonómicas – funções do sistema nervoso que regulam os processos fisiológicos involuntários – que controlam a pressão arterial.

Os resultados revelaram que uma melhoria nas respostas neurais às mudanças na pressão arterial – conhecida como tónus arterial – foi responsável pelo maior benefício da pressão arterial com o exercício realizado à noite.

Segundo Leandro Brito, primeiro autor do estudo, embora qualquer tipo de exercício seja sempre melhor do que nenhum exercício, as pessoas que necessitam de regularizar mais rapidamente a pressão arterial, ou que não obtêm benefícios com a prática de exercícios, podem tentar exercitar-se à noite.

Estas descobertas replicam o que se descobriu num estudo anterior realizado em homens de meia-idade com hipertensão sob medicação para pressão arterial, mas agora entendem-se os mecanismos neurais que para isso contribuem.


Tupam Editores

Fonte: Tupam Editores

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