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Ómicron diminui rapidamente eficácia da Pfizer em crianças

Um estudo do Departamento de Saúde de Nova York, nos EUA, revelou que a eficácia da vacina Pfizer em crianças com idades entre os cinco e os 11 anos reduziu após onda de casos provocados pela variante Ómicron. Os cientistas insistem, no entanto, que a vacina continua a ser fundamental para evitar casos graves de Covid-19 nesta faixa etária. O estudo aguarda agora revisão pelos pares.

Ómicron diminui rapidamente eficácia da Pfizer em crianças

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A investigação permitiu constatar que a proteção conferida pela Pfizer cai de 68% para 12% após um mês em crianças com menos de 11 anos. Quanto às hospitalizações, a eficácia cai de 100% para 48%.
Já em crianças entre os 12 e 17 anos a eficácia da vacina da Pfizer foi mais duradoura. Um mês após a segunda dose do imunizante, a proteção diminuiu de 66% para 51%. No mesmo grupo, a eficácia contra hospitalizações caiu de 85% para 73%.

Os resultados baseiam-se na análise de dados do sistema de saúde de Nova Iorque de dezembro até 30 de janeiro de 2022. No total, 365.502 crianças entre os cinco e os 11 anos (23,4%) e 852.384 dos 12 aos 17 anos (62,4%) foram totalmente vacinadas durante este período.

Para Mary Basset, comissária de saúde do estado de Nova York, esta redução de eficácia não é uma surpresa uma vez que o imunizante foi desenvolvido em resposta a variantes anteriores do vírus. Mas destaca que a vacinação continua a ser recomendada para todas as crianças com 5 anos ou mais.

Os autores responsáveis pelo estudo afirmaram que, caso a redução observada na eficácia da vacina continue, o imunizante para crianças deverá ser revisto. Os dados demonstram ainda a necessidade de continuar as proteções em camadas, incluindo o uso de máscaras, de forma a prevenir infecção e transmissão em crianças menores.

Recorde-se que a variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi pela primeira vez detetada em novembro, na África do Sul.

Fonte: Tupam Editores

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