Covid-19: pulmões “memorizam” infeção para proteção a longo prazo
Um estudo publicado na revista Science Immunology que avaliou sobreviventes da COVID-19 concluiu que a “memorização” da infeção por este vírus ocorre sobretudo nas células T e B do pulmão, e nos nódulos linfáticos localizados ao redor do órgão.
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Foi também possível verificar, durante a investigação, que zonas especializadas, denominadas centros germinativos, onde a produção de anticorpos células B e células B de memória ocorre, estavam presentes nos nódulos linfáticos associados ao pulmão por até seis meses após a infeção por COVID-19, mesmo em indivíduos idosos.
Foram encontradas células B do centro germinativo específicas para SARS-CoV-2 e células T-foliculares auxiliares, a população de células T que promove a diferenciação de células B, juntas em nódulos linfáticos associados ao pulmão.
O estudo, liderado pela investigadora Donna Farber, afirma que esta é a primeira evidência de que estes centros são estabelecidos e persistem após a infeção por SARS-CoV-2.
A constância das células B do centro germinativo pode garantir a manutenção, a longo prazo, dos anticorpos em circulação e a maturação contínua da resposta imunitária do organismo.