BACTÉRIA

Bactérias no pénis podem predizer risco de infeção vaginal

As bactérias que colonizam o pénis podem ajudar a prever o risco de infeção vaginal grave e difícil de tratar na parceira, revela uma nova pesquisa da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

Bactérias no pénis podem predizer risco de infeção vaginal

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A vaginose bacteriana pode causar problemas na gravidez e tornar a mulher mais vulnerável a várias doenças sexualmente transmissíveis. Mais de 20 por cento das mulheres em todo o mundo desenvolvem vaginose bacteriana.

Para o estudo, os cientistas acompanharam 168 casais heterossexuais no Quénia, em África, e descobriram que as mulheres cujos parceiros tinham bactérias relacionadas com a vaginose bacteriana no pénis eram mais propensas a desenvolver vaginose no espaço de um ano. No país, a vaginose bacteriana afeta de 20 a 50 por cento das mulheres.

As mulheres no estudo tinham pelo menos 16 anos quando se inscreveram. Todas tinham um parceiro masculino e nenhuma tinha vaginose bacteriana quando o estudo começou. Todas foram acompanhadas por um ano.

Quase um terço das mulheres desenvolveram vaginose bacteriana, com risco aumentando se o parceiro masculino não fosse circuncisado. O esfregaço bacteriano feito no início da pesquisa revelou uma associação clara entre o aumento do risco e a presença de bactérias relacionadas à vaginose bacteriana no parceiro masculino.

Mas os problemas permanecem: não há nenhum teste fácil de administrar ou acessível para os homens, e o regime de tratamento é incerto - e um medicamento tópico provavelmente não funcionará.

Além disso, os cientistas destacam que não sabem que tipo de antibiótico, dose ou duração pode ser mais benéfico para fornecer aos parceiros sexuais masculinos.
A vaginose bacteriana geralmente é assintomática, mas pode causar corrimento vaginal, odor e irritação. Também pode levar a complicações na gravidez e uma maior vulnerabilidade a outras infeções sexualmente transmissíveis, como VIH, vírus do herpes simplex, clamídia e gonorreia.

Normalmente, as mulheres são tratadas com antibióticos. Mas em cerca de metade dos casos, a infeção retorna em seis meses, o que desencadeou uma procura por tratamentos mais eficazes, incluindo intervenções bioterapêuticas agora em revisão.

Fonte: Boa Saúde

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