BACTÉRIA

Bactéria da clamídia só prolifera se houver glutamina

Um artigo publicado na revista Nature Microbiology descreve que investigadores da Universidade de Würzburgo, na Alemanha, analisaram o papel da glutamina na proliferação da clamídia de forma a compreenderem melhor as doenças graves associadas à infeção. 

Bactéria da clamídia só prolifera se houver glutamina

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As clamídias são bactérias que causam doenças venéreas, sendo que nos seres humanos só podem sobreviver se entrarem nas células, o único local onde encontram os metabolitos necessários para a sua reprodução. As bactérias então criam uma pequena bolha na célula e dividem-se nela ao longo de várias gerações.
As bactérias da clamídia são sexualmente transmitidas e podem causar inflamação na uretra, vagina ou zona anal. Se uma infeção for detetada a tempo, pode ser bem tratada com antibióticos.
 
O estudo verificou que a clamídia reprograma o metabolismo das suas células hospedeiras humanas e estas, por sua vez, importam cada vez mais glutamina do seu ambiente. Se isto não funcionar porque o sistema de importação de glutamina está desregulado, os agentes patogénicos bacterianos já não são capazes de proliferar.
 
O estudo mostrou que a clamídia precisa de muita glutamina para sintetizar a molécula em forma de anel peptidoglicano. Em bactérias, esta molécula de anel é geralmente um material de construção da parede celular, sendo que a clamídia utiliza-a para a construção de uma nova parede que é atraída para a célula bacteriana durante a divisão.
 
Aproximadamente 130 milhões de pessoas em todo o mundo estão infetadas com clamídia. O maior problema é que a infeção geralmente continua sem sintomas percetíveis o que facilita a propagação do patógeno levando a doenças graves ou crónicas como o cancro cervical e dos ovários.

Fonte: Science Daily

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