Os bebés prematuros registam um risco elevado de crescimento anormal de vasos sanguíneos na retina. Se este problema não for tratado, o crescimento do vaso pode levar à cicatrização e descolamento da retina, a causa principal para a perda de visão associada à retinopatia da prematuridade (ROP, sigla em inglês).
 
Tratamentos para a ROP estabelecidos incluem a terapia a laser e crioterapia, sendo que ambas as intervenções fazem com que os vasos sanguíneos parem de crescer antes que causem cicatrização ou o descolamento da retina. 
 
O Avastin é um dos fármacos disponíveis que inibem o crescimento anormal de vasos sanguíneos suprimindo a superprodução de uma proteína sinalizadora com o nome de fator de crescimento do endotelial vascular (VEGF, sigla em inglês), e é frequentemente usado para o tratamento deste tipo de doenças.
 
Os cientistas tinham como objetivo verificar qual a dose terapêutica mínima de Avastin através do teste de doses progressivamente mais reduzidas em 10-14 crianças por dose.

Participaram no estudo 59 crianças prematuras com ROP tipo I, o tipo mais grave. Cada criança recebeu tratamento num olho através de uma injeção única de 0,016 mg, 0,008 mg, 0,004 mg ou 0,002 mg de Avastin.

Se o outro olho necessitava de tratamento este recebia o dobro da concentração. As doses normalmente usadas de Avastin na ROP vão dos 0,25 mg aos 0,625 mg. 
 
Foi possível observar que o tratamento resultou em todos os olhos tratados com as doses de 0,016 mg e 0,008 mg e em nove de dez olhos que receberam 0,004 mg.

Contudo, o tratamento apenas resultou em 17 de 23 olhos que receberam 0,002 mg, resultando na conclusão de que 0,004 mg pode ser a dose eficaz mais baixa, mostrou o estudo.