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Maior investimento público para melhorar o SNS

A maioria dos portugueses (61 por cento) considera que não é possível melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) sem investimento de mais dinheiro público, sendo os aspetos que se consideram mais carenciados de financiamento: a contratação de mais profissionais de saúde; a modernização de equipamentos, instalações e tratamentos; e o apoio ao doente e família.

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Quem revela estes dados é o projeto ‘3F - Financiamento, Fórmula para o Futuro’, um projeto que reuniu um inquérito à população nacional e recomendações de peritos em saúde.

Estes e outros dados, assim como as recomendações feitas, do projeto ‘3F’ vão ser apresentados e discutidos no próximo dia 2 de julho, terça-feira, na Assembleia da República. Um momento que conta com a participação do Presidente da Assembleia da República, da Ministra da Saúde e de representantes dos vários grupos parlamentares.

O projeto ‘3F’, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio da Roche e da IQVIA, nasceu da necessidade de identificar formas de reduzir o desperdício e promover a inovação no Serviço Nacional de Saúde.

Para isso, e para além da auscultação à população, reuniu um conjunto de especialistas de diferentes áreas, que se juntaram para analisar o modelo atual de financiamento dos hospitais portugueses, promover a discussão de potenciais soluções de financiamento com vista à criação de valor para os doentes, assim como desenvolver projetos-piloto com hospitais, de forma a testar a exequibilidade das soluções encontradas.

Do trabalho desenvolvido, resultou a identificação de 90 iniciativas, que podem ser agrupadas em quatro dimensões essenciais para a melhoria do modelo de organização e financiamento do Serviço Nacional de Saúde - Resultados em Saúde, Integração de Cuidados, Gestão da Doença e Prevenção e Promoção da Saúde -, às quais se juntam dez recomendações e a definição dos projetos-piloto que já estão a ser implementados: no Instituto Português de Oncologia do Porto e no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Na apresentação deste trabalho, para além da recomendação de “um novo modelo de alocação de recursos financeiros para a saúde”, serão ainda debatidas nove recomendações: 1. Reforço do papel dos cuidados de saúde primários; 2. Interligação dos cuidados de saúde primários, cuidados de saúde secundários e cuidados continuados; 3. Desenvolver a rede de suporte ao doente; 4. Promover o papel dos cidadãos no sistema de saúde; 5. Sistemas de informação como suporte à gestão e à prática clínica; 6. Medição de resultados como motor da melhoria dos cuidados prestados; 7.Transparência & benchmarking entre instituições; 8. Autonomia e responsabilização da gestão hospitalar e 9. Confiança no sistema de saúde.

Alexandre Lourenço, presidente da APAH, sublinha que “o projeto 3F materializa a vontade do setor da saúde em apresentar respostas concretas para os desafios do financiamento, mas também para a necessidade de reestruturar o modelo de prestação de cuidados, com vista a melhorar a experiência e corresponder às expetativas dos doentes e das suas famílias”.

Fonte: Guesswhat (press release)

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