MORTALIDADE

Mais de 1,2 milhões de mortes na UE em 2015 eram evitáveis

Mais de 1,2 milhões de mortes podiam ter sido evitadas nos países da União Europeia em 2015 através de melhores políticas públicas de saúde ou de cuidados de saúde atempados e efetivos, estima um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que acaba de ser divulgado.

Mais de 1,2 milhões de mortes na UE em 2015 eram evitáveis

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O relatório anual da OCDE sobre a saúde – “Health at a Glance” – estima que 1,2 milhões de pessoas morreram em 2015 de doenças ou problemas que podiam ter sido evitados por “medidas públicas de saúde mais fortes” ou através de tratamentos mais efetivos e atempados.

O documento recorda que ressurgiram, em algumas zonas da Europa, doenças que são evitáveis através da vacinação, como o sarampo, o que veio alertar para a “importância de promover a efetiva vacinação de todas as crianças”.

Só em 2016, estima-se que nos países europeus tenham morrido prematuramente 790 mil pessoas devido a maus hábitos de vida: tabaco, consumo excessivo de álcool, alimentação pouco saudável e falta de atividade física.

Para a OCDE, as políticas do controlo de álcool têm alcançado progressos na redução do consumo geral em vários países, apontando para uma queda de dez por cento na última década, mas o consumo pesado de álcool continua a ser “um problema entre adolescentes e adultos”.

Segundo o relatório, quase dois em cada cinco adolescentes de todos os países da União Europeia relataram ter apanhado pelo menos uma “bebedeira” no mês anterior, um facto que também foi relatado por mais de dois em cada cinco jovens entre 20 e 29 anos.
O uso de drogas ilícitas também continua a ser “um importante problema de saúde” na Europa.

“Embora o uso de algumas drogas tenha diminuído, a cannabis continua a ser usada com frequência entre os jovens e o uso de cocaína está a aumentar em vários países”, sublinha o documento.

O relatório da OCDE destaca que foram realizados, na Europa, muitos progressos nos tratamentos de doenças cardiovasculares e do cancro, destacando, nas doenças oncológicas, que as taxas de sobrevivência nunca foram tão elevadas.

Acerca da pressão que os sistemas de saúde vão enfrentar, o relatório indica que o envelhecimento da população deve ser tido em conta e recorda que a despesa em saúde representava, em 2017, 9,6 por cento do PIB na União Europeia no seu conjunto, quando, em 2008, esse valor era de 8,8 por cento.

Fonte: Lusa

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