Farmacêutica acusada de adulterar vacinas manteve prática desde 2014
A farmacêutica chinesa Changsheng Biotech, acusada de adulterar e falsificar os registos da produção de vacinas, manteve aquelas práticas desde 2014, confirmaram hoje as autoridades, no maior escândalo de saúde pública dos últimos anos na China.
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A equipa de investigação do Conselho de Estado, o Executivo chinês, confirmou que a Changsheng recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva, para uso humano, e que não registou corretamente as datas ou os números de série dos produtos, pelo menos desde 2014.
No final de julho, uma investigação da Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA) acusou a empresa de falsificar registos de produção de aproximadamente 113 mil vacinas contra a raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra difteria, tétano e tosse convulsa.
A presidente da empresa, Gao Junfang, e outros 14 membros da direção, foram já detidos.
As autoridades, que prometeram graves consequências para os culpados, reforçaram também o controlo sobre os fabricantes de vacinas em todo o país, numa tentativa de conter a indignação pública.
O presidente chinês, Xi Jinping, qualificou as ilegalidades da Changsheng Biotech de chocantes e ordenou uma profunda investigação sobre este caso.
Já em 2016, mais de 130 pessoas foram detidas na China, num escândalo com a venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições.
Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de outras 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.