DGS declara fim do surto de sarampo na região Norte
A Direção-geral da Saúde (DGS) declarou o fim do surto de sarampo da região Norte, com ligação ao Hospital de Santo António, indicando que o último caso se registou no dia 29 de abril.
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Num comunicado divulgado no passado domingo, dia 10 de junho, a DGS afirma que a declaração do fim do surto ocorre depois de se respeitarem dois períodos de incubação da doença sem novos casos confirmados, ou seja, 42 dias.
Dos 112 casos confirmados entre fevereiro e final de abril deste ano, 103 tiveram ligação ao surto do Hospital de Santo António, no Porto, e todos se encontram curados.
Houve ainda nove casos com coincidência temporal com o surto do Santo António, mas que tiveram origem em dois casos importados e não ligados com aquele surto.
Apesar deste surto e de dois outros simultâneos registados em 2017, a DGS lembra que Portugal continua a "manter o estatuto de país com eliminação do sarampo", conferido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dado o "controlo rápido dos casos", que "indica que não se estabeleceu circulação do vírus" no país.
A existência de surtos na Europa leva a DGS a indicar aos profissionais e serviços de saúde para manterem um "elevado grau de suspeição clínica" para detetar precocemente casos, porque há a possibilidade de importação de novos casos da doença.
Mais de mil casos de sarampo foram registados por mês, em média, no último ano em 30 países europeus, num total superior a 13 mil casos.
Segundo um relatório do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) publicado no fim da semana passada, em abril deste ano houve pelo menos 1 708 casos de sarampo na região europeia, com a Itália e a Alemanha a revelarem um aumento particular de casos. França e Grécia continuam também a registar um elevado número de infeções por sarampo.
Entre maio de 2017 e abril deste ano, os 30 países avaliados no relatório registaram 13 475 casos de sarampo.
Itália, França, Grécia e Roménia são os países com maior número de casos, com taxas que vão dos 255 casos por milhão de habitantes aos 36,4 por milhão.
Em Portugal, no mesmo período, o rácio era de 12,5 casos por milhão de habitante, abaixo da média dos 26,1 por milhão de habitantes registados nos 30 países analisados pelo ECDC.
O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.
A DGS recomenda aos portugueses que verifiquem o seu boletim de vacinas e se vacinem caso seja necessário e para ligaram para 808 24 24 24 se estiveram em contacto com um caso suspeito de sarampo e se tiver dúvidas.
Segundo a DGS, em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso. Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.
A vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos.