DENTISTA

Portugueses lavam os dentes mas poucos fazem limpeza completa

A maioria dos portugueses lava os dentes (97,8 por cento), mas apenas 30,1 por cento utiliza o fio dentário e apenas 54,3 por cento completa a limpeza com o uso de elixir, indicam dados do terceiro Barómetro da Saúde Oral, da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).

Portugueses lavam os dentes mas poucos fazem limpeza completa

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A escovagem com dentífrico fluoretado, sendo um procedimento fulcral para a saúde da boca, não consegue remover sozinha a placa bacteriana e os pequenos resíduos que se alojam entre os dentes, principais fatores para o surgimento do mau hálito, de cáries, de tártaro e de doenças da gengiva, alerta a Ordem dos Médicos Dentistas.

Para assegurar uma limpeza perfeita da boca - que inclui dentes, língua e gengivas - é fundamental aliar o fio dentário e o elixir à escovagem.

O estudo mostrou também que 27,1 por cento dos portugueses nunca visitam o médico dentista ou fazem-no somente em caso de urgência, sendo negativa a correlação entre a frequência de visitas e a falta de dentes naturais (que afeta 68 por cento da população).

Visitas regulares ao dentista permitem não só avaliar o estado da boca e proceder aos cuidados de prevenção necessários à saúde da mesma, mas também examinar o rosto, o pescoço, a mordida, a saliva e o movimento do maxilar inferior, e diagnosticar inúmeras doenças infeciosas, como a anemia, a leucemia e a sífilis, por se manifestarem na mucosa bucal.

As consequências da falta de consultas periódicas podem ir muito além das cáries dentárias e da placa bacteriana. Efetivamente, lesões precoces, que não sejam tratadas corretamente e/ou a tempo, podem evoluir para condições muito delicadas, como o cancro da boca.

Relativamente às crianças, 60,6 por cento dos menores de seis anos nunca visitaram um médico dentista.

A Ordem dos Médicos Dentistas recomenda que a primeira consulta deverá ser realizada a partir do momento em que os primeiros dentes temporários surgem ou, no máximo, até ao bebé completar o primeiro ano de vida, a fim de definir um programa preventivo de Saúde Oral e intercetar hábitos prejudiciais.

Depois, a criança deverá ser observada a cada seis meses, diminuindo o período para três meses em situações de elevado risco de cárie. A dentição pode apresentar variações de formato, dimensão, cor, número e formação das estruturas, sendo imperiosa a sua avaliação. O diagnóstico e tratamento precoces das alterações de desenvolvimento são fundamentais para uma boca saudável, funcional e estética.

Fonte: OMD

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