Toma de múltiplos fármacos aumenta risco de hospitalização e morte
A toma de cinco ou mais medicamentos prescritos aumenta o risco de hospitalização e morte em adultos mais velhos infetados com VIH/SIDA e adultos comparáveis sem o vírus.
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As descobertas deste estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, destacam os riscos potenciais de prescrever medicamentos adicionais a pacientes com múltiplas condições médicas.
Na pesquisa publicada na revista AIDS, é descrito que o uso de muitos medicamentos é uma preocupação comum devido às taxas de interações entre os fármacos e ao uso de medicamentos inapropriados.
No entanto, poucos estudos foram feitos na população em geral, e nenhum estudo prévio foi feito em pacientes com infeção pelo VIH; assim, os investigadores examinaram os resultados reais de saúde associados à polifarmácia, outro nome dado ao uso abusivo de medicamentos.
Usando dados do Veterans Aging Cohort Study, os investigadores analisaram resultados para indivíduos VIH positivos e não infetados que receberam pelo menos uma receita em 2009.
Como os pacientes com VIH devem ter pelo menos três antirretrovirais (ARV) para tratar a infeção pelo vírus, os investigadores concentraram-se em prescrições não-ARV. Os pacientes foram seguidos durante uma média de seis anos.
A equipa descobriu que a polifarmácia não ARV era comum entre adultos idosos com e sem infeção pelo VIH/SIDA. O que não era claro inicialmente era se os pacientes possuíam mais medicamentos porque estavam mais doentes ou se o facto de tomarem mais medicamentos os tornava mais doentes.
Depois de ajustarem a gravidade das doenças dos pacientes, os investigadores descobriram que a polifarmácia continuava associada à hospitalização e morte.
Verificou-se que quanto mais elevado era o número de medicamentos prescritos, maior era o risco para ambos os grupos de pacientes.
"O estudo mostra que precisamos de começar a examinar medicamentos em pessoas com múltiplas condições com muito cuidado", disseram os investigadores.
Tendo em conta os resultados semelhantes para indivíduos sem VIH, o estudo também pode ser importante para pesquisas futuras sobre polifarmácia em todos os adultos idosos.