Vítimas do Ébola processam Governo da Serra Leoa
Dois sobreviventes de Ébola na Serra Leoa avançaram com uma ação judicial em tribunal acusando o Governo do país de má gestão dos fundos durante a epidemia de Ébola que matou mais de três mil pessoas naquele país da África Ocidental.
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Mais de 11 300 pessoas morreram no total durante o pior surto da doença altamente contagiosa, que afetou principalmente a Guiné, a Libéria e a Serra Leoa de 2013 a 2016.
Governos estrangeiros e organizações de saúde investiram milhões de dólares nas três nações para travar a propagação da epidemia, mas as autoridades locais na Serra Leoa estão a ser acusadas de corrupção e uso indevido dos fundos.
O Governo da Serra Leoa comprometeu-se a investigar quaisquer acusações, mas, até agora, não houve processos judiciais relacionados com a má gestão dos recursos durante a epidemia de Ébola.
Os dois sobreviventes de Ébola, que contraíram o vírus enquanto exerciam a sua profissão como profissionais de saúde, culpam os recursos inadequados fornecidos pelo Governo pela sua infeção e as mortes subsequentes de muitos dos seus colegas.
Cerca de 250 trabalhadores da saúde morreram na Serra Leoa ao longo da epidemia.
Uma auditoria interna realizada para o Ministério da Saúde do país em 2015 descobriu que um terço dos recursos destinados a combater a epidemia seis meses a um ano antes não poderiam ser devidamente contabilizados. O relatório acrescentou que um uso adequado dos fundos poderia ter salvo mais vidas.
"Queremos saber o que aconteceu com o dinheiro", disse Yusuf Kabbah, chefe da associação de sobreviventes de Ébola da Serra Leoa.