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Febre chikungunya poderá ser mais grave que Zika e dengue

A febre Chikungunya poderá ser mais grave que o Zika e a dengue, provocando efeitos mais nefastos sobre a saúde humana do que o que pensava a comunidade científica, alertam especialistas brasileiros.

Febre chikungunya poderá ser mais grave que Zika e dengue

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Num evento organizado pela Fundação Oswaldo Cruz que reuniu especialistas de todo o Brasil, foram apresentados dados que revelam que o índice de letalidade causado pelo vírus chikungunya é bem maior do que se imaginava, além das importantes limitações físicas de longo prazo impostas aos doentes.

O vírus da febre chikungunya, transmitido aos humanos através da picada do mosquito Aedes aegypti contaminado (o mesmo vetor da dengue e do Zika) e outros insetos, atinge pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, mas apresenta maiores fatores de risco em recém-nascidos, idosos, gestantes e pacientes que tenham outras doenças.

O vírus da chikungunya tem-se revelado mais mortal que a dengue no Brasil e pode-se afirmar que a "chikungunya é a pior das arboviroses, com muitos doentes crónicos e mortes associadas", advertiu Carlos Brito, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A febre chikungunya provoca dores crónicas que incapacitam jovens e adultos por anos, e outros transtornos, ao longo do tempo, como desordens do sono, depressão, complicações músculo-esqueléticas, distúrbios de memória e concentração. Outro grande problema é que as dores crónicas são intensas e respondem pouco aos analgésicos.

"Até 70 por cento das pessoas infetadas desenvolvem sintomas. A quantidade de assintomáticos é, portanto, pequena. Mas nem sempre é fácil fazer esse diagnóstico clínico e a falta de diretrizes em muitos hospitais também leva ao tratamento inadequado dos doentes", acrescentou a infetologista Melissa Falcão.

Os especialistas classificam as fases da febre chikungunya em três: aguda (sete a dez dias), subaguda (dez dias a três meses) e crónica (mais de três meses).
A grande preocupação dos especialistas deve-se ao facto de 50 por cento dos pacientes acometidos pela doença evoluírem para a cronicidade. Esses casos são mais frequentes em mulheres com mais de 50 anos de idade.


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