PÂNCREAS

Diagnóstico tardio dificulta tratamento do cancro do pâncreas

Difícil de diagnosticar e controlar, o cancro do pâncreas constitui a quarta causa de morte dentro das neoplasias. Estima-se que, em Portugal, surjam cerca de 1 200 novos casos da doença todos os anos.

Diagnóstico tardio dificulta tratamento do cancro do pâncreas

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António Marques, gastroenterologista do Hospital Lusíadas Lisboa, destaca a importância do seu diagnóstico precoce.

O especialista refere que o diagnóstico do cancro do pâncreas é frequentemente feito em fases avançadas, visto que o pâncreas está profundamente localizado no espaço retroperitoneal, inacessível à palpação, é um órgão sólido, não passível de distender, sem "dor" denunciante e só tardiamente provoca sinais indiretos de doença.

A capacidade de infiltrar os tecidos peripancreáticos, os gânglios locorregionais e as estruturas vasculares regionais dá-se em fases relativamente precoces do desenvolvimento do tumor, pelo que, na altura do diagnóstico, só 20 a 25 por cento dos casos são potencialmente ressecáveis.

As massas pancreáticas observadas (ecografia, TC abdómen) são, em 95 por cento dos casos adenocarcinomas, quatro por cento outros tumores (linfoma, metástases de outros tumores – pulmão, mama, rim, melanoma) e cerca de um por cento tumores endócrinos.

A localização é em 75 por cento na cabeça do pâncreas; 15 a 20 por cento no corpo e cinco a dez por cento na cauda.

De acordo com António Marques, a ecografia abdominal é indispensável no diagnóstico inicial e nas características e exclusão de lesões hepáticas.

"O cancro do pâncreas é uma doença de abordagem multidisciplinar e cada vez mais é necessário aprofundar a carcinogénese destes tumores, tentando permitir diagnósticos mais precoces e terapêuticas mais eficazes", conclui o médico.

Fonte: press release

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