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Cientistas brasileiros criam nanopartículas que removem mau colesterol do organismo

Uma equipa da Universidade de São Paulo, no Brasil, desenvolveu nanopartículas inovadoras capazes de remover o chamado mau colesterol (lipoproteína de baixa densidade eletronegativa - LDL) do sangue, impedindo, desta forma, que essas partículas interajam com a parede das artérias e induzam uma resposta pró-inflamatória que contribua para o início e progressão da lesão aterosclerótica.

Cientistas brasileiros criam nanopartículas que removem mau colesterol do organismo

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Os pesquisadores explicaram que, embora toda a fração das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) seja denominada por "mau colesterol", a subfração eletronegativa (LDL-) - que inclui partículas modificadas por processos químicos, como oxidação e lipólise - pode ser considerada a mais aterogénica e, portanto, a principal ameaça à saúde cardiovascular.

Os investigadores conseguiram criar anticorpos que identificam e se ligam somente às partículas LDL-, assegurando assim a sua remoção da corrente sanguínea. Esses anticorpos foram introduzidos em nanocápsulas que circulam no sangue e fazem a "limpeza" do LDL-.
As nanopartículas são capazes de atuar em duas frentes: retirar de circulação o estímulo pró-inflamatório e minimizar a acumulação de lípidos nos vasos sanguíneos, diminuindo, assim, tanto o tamanho da lesão aterosclerótica, quanto a atividade inflamatória na placa.

Os cientistas estão agora a realizar testes com ratos de laboratório com o objetivo de verificar quanto tempo as nanopartículas permanecem no organismo antes de serem metabolizadas e para onde estas direcionam as partículas LDL- "capturadas".


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