PARKINSON

Mecanismo que ˝Derrete˝ Aglomerados de Proteína pode levar a Novos Tratamentos Contra Parkinson

Um novo estudo pode fornecer novas descobertas sobre um possível método molecular para reduzir os corpos de Lewy - aglomerados de proteínas encontradas na região do cérebro que perdem células de dopamina em doentes com Parkinson.

Mecanismo que ˝Derrete˝ Aglomerados de Proteína pode levar a Novos Tratamentos Contra Parkinson

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A pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade Wayne State, nos Estados Unidos, propõe duas hipóteses sobre a influência do complexo proteico na formação de corpos de Lewy encontradas nos cérebros de pessoas com doença de Parkinson.

As causas que levam à formação da doença de Parkinson ainda são desconhecidas, mas sabe-se que estão associadas à morte de células de dopamina no cérebro - um mensageiro químico essencial para o envio de sinais do cérebro que controlam um número de funções, incluindo o movimento.

As células de libertação de dopamina mais afetadas pela doença de Parkinson estão localizadas numa região do mesencéfalo e uma característica da doença é a acumulação e proliferação progressiva de aglomerados de proteínas que se designam por corpos de Lewy nesta região. Os corpos de Lewy contêm várias proteínas, mas a mais comum designa-se por alfa-sinucleína.

O novo estudo, liderado por Assia Shisheva, analisou o comportamento de três proteínas no interior das células que estão envolvidas com a doença: as enzimas PIKfyve e Sac3, e uma outra proteína designada por ArPIKfyve.

De acordo com o estudo publicado no The Journal of Biological Chemistry, existe uma interação previamente desconhecida entre a ArPIKfyve-Sac3 e a Synphilin-1, uma proteína já conhecida por estar envolvida no desenvolvimento de Parkinson através da sua interação com a alfa-sinucleína.

"O nosso estudo revelou que o complexo ArPIKfyve-Sac3 é um inibidor eficaz da formação de agregados de Synphilin-1" e concluiu ainda "que se os níveis de Sac3 se tornarem excessivos, podem desencadear a aglomeração da proteína Synphilin-1".

Os investigadores concluem, por esse motivo, que há duas formas através das quais o complexo ArPIKfyve-Sac3 pode desencadear a doença de Parkinson: uma quando os níveis de ArPIKfyve-Sac3 são muito baixos e a outra quando os níveis de Sac3 são demasiado elevados.


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