Ébola pode persistir em águas residuais durante uma semana
Uma nova pesquisa constata que o vírus Ébola pode sobreviver em concentrações detetáveis nas águas residuais durante oito dias, uma descoberta que tem implicações para a eliminação de resíduos líquidos contaminados durante as epidemias e surtos.
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O estudo realizado pelas universidades de Pittsburgh e Drexel e pelos Institutos Nacionais de Saúde norte-americanos (NIH) conclui que permanecem questões importantes sobre o manuseamento adequado de resíduos líquidos contaminados com vírus e uma dessas preocupações é a persistência do vírus em águas residuais.
Num artigo publicado na revista Environmental Science & Technology Letters, os cientistas identificaram em laboratório o Ébola em águas residuais após oito dias.
Kyle J. Bibby, um dos autores, refere que embora a concentração viral tenha diminuído em 99 por cento durante o primeiro dia, ainda foi possível "detetar partículas do vírus ao longo dos restantes sete dias", o que sugere que este persiste por muito mais tempo em águas residuais do que se pensava anteriormente.
As descobertas sugerem que o vírus sobrevive em grandes gotas de fluidos corporais, o que requer cuidados redobrados na manipulação de resíduos líquidos contaminados.