Teste de urina pode ser nova esperança para cancro do pâncreas
Um simples teste de urina capaz de detetar o cancro do pâncreas muito mais cedo do que os rastreios atuais pode vir a ser criado depois de ter sido descoberta uma proteína "assinatura" apenas em pessoas com a doença.
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A pesquisa analisou cerca de 500 amostras de urina, 200 das quais eram de pacientes com cancro do pâncreas, 92 de pacientes com pancreatite crónica e 87 de voluntários saudáveis.
De um total de 1 500 proteínas encontradas nas amostras de urina, três - LYVE1, REG1A e TFF1 - surgiam em níveis muito mais elevados nos pacientes com cancro do pancreático, o que se assume como uma "proteína assinatura" que poderia identificar a forma mais comum da doença com 90 por cento de precisão.
O estudo, publicado na Clinical Cancer Research, foi realizado por cientistas do Reino Unido e Espanha. A equipa internacional planeia agora a criação de um teste de urina com capacidade para poder diagnosticar pacientes de forma precoce e oferecer-lhes tratamento adequado.
Fiona Osgun, do Instituto de Pesquisa do Cancro britânico (Cancer Research UK), ressalva que, de momento, não é possível prever "se esta pesquisa pode levar a um teste capaz de detetar o cancro do pâncreas num estadio inicial", mas considera que pesquisas como esta e abordagens inovadoras são fundamentais, dado o pouco progresso na melhoria da sobrevivência deste tipo de cancro.
