Nutrição é fator-chave para pacientes com cancro
A nutrição é um fator-chave para os pacientes que sofrem com doenças oncológicas, contribuindo para que possam tolerar os tratamentos e aumentar o potencial para um prognóstico mais favorável da doença, contudo, em Portugal, ainda existe pouca formação específica nesta área.
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Paula Ravasco, professora e investigadora, explica que a nutrição em oncologia é uma área "deficitária em termos de formação específica" em Portugal, ao contrário de outros países, que já apostam fortemente nesta área há anos.
A especialista, que coordena o curso de formação avançada em Nutrição em Oncologia na Universidade Católica Portuguesa, afirma que estudos recentes têm demonstrado que uma nutrição adequada pode ser um fator terapêutico adjuvante durante o tratamento da doença oncológica.
A pesquisadora explica que a intervenção nutricional deve ser feita de forma individualizada, tendo em consideração os hábitos e preferências dos doentes com alimentos escolhidos em função de cada paciente, do tipo de tumor e do tipo de tratamento a que o doente será submetido, e acrescenta que se desaconselha que os doentes iniciem a toma de suplementos, independentemente da sua composição, sem supervisão médica.
A intervenção nutricional deve assim ser feita envolvendo todos os profissionais que tratam o doente, desde médicos, a enfermeiros e nutricionistas.
Paula Ravasco frisou ainda que a nutrição individualizada é um fator-chave para um melhor prognóstico, uma vez que pode "modular o efeito dos tratamentos antineoplásicos", tornando-os mais eficazes, "aumentando o potencial para um prognóstico mais favorável".