Mulheres jovens com cancro podem preservar fertilidade
Em Portugal, cerca de 340 mulheres jovens desenvolvem cancro por ano e precisam de preservar a fertilidade, mas a maioria não sabe sequer que pode fazê-lo, sendo a falta de informação a principal dificuldade nesta área.
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A fertilidade dessas jovens que sofrem com doenças oncológicas pode ser preservada no Centro de Preservação da Fertilidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a funcionar desde outubro de 2010, o primeiro e único no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A falta de conhecimento deste serviço impossibilita muitas jovens de terem a sua fertilidade preservada, alerta a responsável pelo serviço. O Centro só consultou apenas 120 mulheres até ao momento.
"Nem todas as pessoas são informadas e as mulheres são as mais penalizadas", lamenta Teresa Almeida Santos, diretora do Serviço de Reprodução Humana dos CHUC.
A falta de informação existe, "primeiro, porque esta é uma possibilidade recente e portanto não conhecida de todos os médicos, oncologistas e da população em geral, por outro lado, quando há um diagnóstico de cancro, a principal preocupação é tratá-lo", refere a médica.
A oncofertilidade é uma nova área clínica, de intervenção multidisciplinar, que consiste em preservar a fertilidade dos doentes oncológicos através da retirada e congelamento dos óvulos antes dos tratamentos de quimioterapia, que afetam a capacidade reprodutiva.