Paracetamol + Fenilefrina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Analgésicos e antipiréticos.

O paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um medicamento usado para tratar a dor e a febre. É normalmente usado para o alívio da dor leve a moderada.

A fenilefrina é um medicamento usado principalmente como descongestionante, para dilatar a pupila, aumentar a pressão arterial e aliviar hemorróidas.
Usos comuns
Utilizado para o alívio dos sintomas de constipações e gripes, incluindo o alívio das dores, dores de cabeça, congestão nasal e diminuição da temperatura.
Tipo
Sem informação.
História
A fenilefrina foi patenteada em 1927 e passou a ser usada na medicina em 1938.

O paracetamol foi fabricado pela primeira vez em 1877. É o medicamento mais comumente usado para dor e febre nos Estados Unidos e na Europa. Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.
Indicações
Tratamento sintomático de curto prazo de constipações e gripe (dores e/ou febre) quando associadas a congestão nasal.
Classificação CFT

2.10 : Analgésicos e antipiréticos

Mecanismo De Acção
In vivo, o paracetamol apresenta, tanto actividade analgésica como antipirética, que se crê serem mediadas através da inibição da via da ciclo-oxigenase (COX) no sistema nervoso central.

Embora este mecanismo seja partilhado com os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), o paracetamol não apresenta uma actividade anti-inflamatória significativa nem inibe a produção de tromboxanos pró-coagulantes.

O efeito antinociceptivo do paracetamol pode envolver vias adicionais tais como as vias descendentes serotoninérgicas da dor.

A fenilefrina é um potente agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1.
A sua acção sobre os receptores alfa1 periféricos induz vasoconstrição que, na mucosa nasal, reduz o edema e o inchaço nasal.

Quando administrada por via intravenosa, a fenilefrina aumenta de forma consistente a resistência periférica total (RPT), a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), enquanto a frequência cardíaca diminui como consequência da bradicardia reflexa.

As alterações hemodinâmicas induzidas pela fenilefrina i.v. podem variar consoante a idade e a tensão arterial basal.

Os indivíduos jovens normotensos irão apresentar diminuições superiores da frequência cardíaca e aumentos inferiores da PAS do que hipertensos jovens ou normotensos idosos, enquanto hipertensos idosos apresentam a bradicardia reflexa menos acentuada e o aumento mais acentuado da PAS.

O fármaco administrado por via oral não demonstrou efeitos cardiovasculares consistentes para as doses recomendadas de 10 - 12,2 mg, quatro vezes por dia, e são necessárias doses orais de 40 a 60 mg para desencadear efeitos cardiovasculares clinicamente significativos, tais como aumento da pressão arterial diastólica e lentificação cardíaca reflexa.

Ocorrem interacções hipertensoras entre aminas simpatomiméticas, tais como a fenilefrina, e inibidores da monoaminoxidase.

A fenilefrina pode reduzir a eficácia dos fármacos betabloqueantes e dos anti-hipertensores.
Posologia Orientativa
Adultos:
Uma saqueta dissolvida por agitação em água quente.
A dose pode ser repetida após 4-6 horas.
Não devem ser tomadas mais do que quatro doses num período de 24 horas.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade às substâncias activas.
Doença cardíaca coronária grave
Hipertensão
Glaucoma
Hipertiroidismo
Utilização em doentes que tomam antidepressivos tricíclicos
Utilização em doentes que tomam actualmente, ou que tenham tomado nas últimas 2 semanas, inibidores da monoaminoxidase (IMAOs).
Comprometimento grave da função hepática
Hepatite aguda
Abuso de álcool
Hipertensão
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
A maioria das pessoas não terá problemas mas algumas podem apresentar alguns.

Paracetamol: Para as doses terapêuticas, os efeitos indesejáveis de paracetamol ocorrem raramente e com uma evolução clínica ligeira.

Raros: Doenças do sangue e do sistema linfático: doenças do sangue que podem ser observadas sob a forma de nódoas negras (hematomas) sem justificação, palidez ou baixa resistência às infecções: Discrasias sanguíneas incluindo distúrbios das plaquetas, redução de células sanguíneas específicas (agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia), anemia hemolítica, pancitopenia.

Afecções hepatobiliares: Anomalias da função hepática (aumento das transaminases
hepáticas), insuficiência hepática, necrose hepática, icterícia (coloração amarelada da pele ou dos olhos).

Afecções cutâneas e dos tecidos subcutâneos: Hipersensibilidade, incluindo erupções cutâneas e urticária, prurido, sudação, púrpura (pequenas hemorragias sob a pele), angioedema (inchaço súbito da pele e das membranas mucosas).

Doenças do sistema imunitário: reacções alérgicas ou de hipersensibilidade, incluindo erupções cutâneas, urticária, anafilaxia (reacção alérgica grave que causa dificuldade em respirar ou tonturas).

Muito raros:
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: broncoespasmo (dificuldade em respirar ou sibilos).

Doenças renais e urinárias: Após utilização prolongada de doses elevadas de paracetamol podem desenvolver-se piúria estéril (urina que contém glóbulos brancos, urina turva) e efeitos secundários renais.

Doenças gastrointestinais: Pancreatite aguda (inflamação do pâncreas que causa dor intensa no abdómen ou nas costas).

Fenilefrina:
Frequentes:
Doenças gastrointestinais: Perda de apetite, náuseas e vómitos.

Raros:
Cardiopatias: Taquicardia (ritmo cardíaco mais rápido), palpitações (sentir os seus próprios batimentos cardíacos).

Vasculopatias: Aumento da tensão arterial.

Doenças do sistema imunitário: Reacções alérgicas ou de hipersensibilidade, incluindo erupções cutâneas, urticária, anafilaxia (reacção alérgica grave que causa dificuldade em respirar ou tonturas) e broncoespasmo (dificuldade em respirar ou sibilos).

Muito raros:
Doenças do sistema nervoso: Podem ocorrer insónia (dificuldade em dormir), nervosismo, tremores, ansiedade, agitação, confusão, irritabilidade, tonturas e dores de cabeça.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Não administrar durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não administrar durante a amamentação.
Precauções Gerais
Utilizar com precaução em doentes com: Fenómeno de Raynaud, Diabetes, Insuficiência renal moderada e grave.

Perturbações da função hepática: insuficiência hepatocelular ligeira a moderada (incluindo síndroma de Gilbert), tratamento concomitante com medicamentos que afectem as funções hepáticas Anemia hemolítica, Desidratação, Desnutrição crónica, deplecção de glutationa devida a deficiências metabólicas, Hipertrofia prostática, Feocromocitoma.

Este produto não deve ser associado a outros medicamentos que contenham paracetamol.

Doses superiores às recomendadas podem provocar lesões graves no fígado.

Habitualmente, os sinais clínicos de lesões hepáticas tornam-se evidentes 2 dias após a ingestão. O antídoto deve ser administrado logo que possível.
Cuidados com a Dieta
Evite bebidas alcoólicas.
Terapêutica Interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.
O medicamento não necessita de qualquer temperatura especial de conservação.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Domperidona

Observações: n.d.
Interacções: A velocidade de absorção do paracetamol pode ser aumentada pela metoclopramida ou domperidona e a absorção reduzida pela colestiramina. - Domperidona
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Metoclopramida

Observações: n.d.
Interacções: A velocidade de absorção do paracetamol pode ser aumentada pela metoclopramida ou domperidona e a absorção reduzida pela colestiramina. - Metoclopramida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Colestiramina

Observações: n.d.
Interacções: A velocidade de absorção do paracetamol pode ser aumentada pela metoclopramida ou domperidona e a absorção reduzida pela colestiramina. - Colestiramina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Varfarina

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticoagulante da varfarina e de outras cumarinas pode ser aumentado pelo uso diário regular prolongado de paracetamol com aumento do risco de sangramento; não tem efeito significativo a administração de doses ocasionais. - Varfarina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticoagulante da varfarina e de outras cumarinas pode ser aumentado pelo uso diário regular prolongado de paracetamol com aumento do risco de sangramento; não tem efeito significativo a administração de doses ocasionais. - Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Ácido Acetilsalicílico

Observações: n.d.
Interacções: Paracetamol aumenta os níveis plasmáticos do ácido acetilsalicílico e cloranfenicol. Apenas é possível a administração concomitante de curta duração com ácido acetilsalicílico porque existe o risco aumentado de ocorrer insuficiência renal semelhante à que é provocada por outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides. - Ácido Acetilsalicílico
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Cloranfenicol

Observações: n.d.
Interacções: Paracetamol aumenta os níveis plasmáticos do ácido acetilsalicílico e cloranfenicol. Apenas é possível a administração concomitante de curta duração com ácido acetilsalicílico porque existe o risco aumentado de ocorrer insuficiência renal semelhante à que é provocada por outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides. - Cloranfenicol
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Probenecida

Observações: n.d.
Interacções: Probenecida provoca uma redução de cerca de 2 vezes a excreção do Paracetamol através da inibição da sua conjugação com o ácido glucurónico. Deve ser considerada a redução da dose paracetamol no caso de tratamento concomitante com probenecida. - Probenecida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Zidovudina

Observações: n.d.
Interacções: A utilização concomitante de Paracetamol e AZT (zidovudina) aumenta a disposição para ocorrer neutropénia. Deste modo, a toma concomitante de paracetamol com AZT requer indicação médica. - Zidovudina
Usar com precaução

Paracetamol + Fenilefrina Simpaticomiméticos

Observações: n.d.
Interacções: A fenilefrina pode interagir adversamente com outros simpaticomiméticos, vasodilatadores e bloqueadores beta. - Simpaticomiméticos
Usar com precaução

Paracetamol + Fenilefrina Vasodilatadores

Observações: n.d.
Interacções: A fenilefrina pode interagir adversamente com outros simpaticomiméticos, vasodilatadores e bloqueadores beta. - Vasodilatadores
Usar com precaução

Paracetamol + Fenilefrina Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: n.d.
Interacções: A fenilefrina pode interagir adversamente com outros simpaticomiméticos, vasodilatadores e bloqueadores beta. - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Álcool

Observações: n.d.
Interacções: Os fármacos que induzem as enzimas microssomais hepáticas, tais como álcool, barbitúricos, inibidores da Monoaminoxidase e antidepressivos tricíclicos, podem aumentar a hepatotoxicidade do paracetamol, particularmente depois de uma sobredosagem. Não se recomenda em doentes a tomar ou que interromperam, nas duas semanas anteriores, o tratamento com inibidores da Monoaminoxidase. - Álcool
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Barbitúricos

Observações: n.d.
Interacções: Os fármacos que induzem as enzimas microssomais hepáticas, tais como álcool, barbitúricos, inibidores da Monoaminoxidase e antidepressivos tricíclicos, podem aumentar a hepatotoxicidade do paracetamol, particularmente depois de uma sobredosagem. Não se recomenda em doentes a tomar ou que interromperam, nas duas semanas anteriores, o tratamento com inibidores da Monoaminoxidase. - Barbitúricos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)

Observações: n.d.
Interacções: Os fármacos que induzem as enzimas microssomais hepáticas, tais como álcool, barbitúricos, inibidores da Monoaminoxidase e antidepressivos tricíclicos, podem aumentar a hepatotoxicidade do paracetamol, particularmente depois de uma sobredosagem. Não se recomenda em doentes a tomar ou que interromperam, nas duas semanas anteriores, o tratamento com inibidores da Monoaminoxidase. - Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Paracetamol + Fenilefrina Antidepressores (Tricíclicos)

Observações: n.d.
Interacções: Os fármacos que induzem as enzimas microssomais hepáticas, tais como álcool, barbitúricos, inibidores da Monoaminoxidase e antidepressivos tricíclicos, podem aumentar a hepatotoxicidade do paracetamol, particularmente depois de uma sobredosagem. Não se recomenda em doentes a tomar ou que interromperam, nas duas semanas anteriores, o tratamento com inibidores da Monoaminoxidase. - Antidepressores (Tricíclicos)
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Paracetamol + Fenilefrina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Paracetamol + Cloridrato de Fenilefrina não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou amamentando sem a orientação médica, pois não foram realizados estudos clínicos bem controlados em mulheres durante a gestação ou lactação.
Paracetamol + Cloridrato de Fenilefrina é contra-indicado nos 3 primeiros meses de gravidez, após este período deverá ser administrado apenas em caso de necessidade, sob controle médico.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021